Estudo identifica novo sinal precoce de Alzheimer; saiba qual
Cientistas da Suécia encontraram um indicativo que pode ajudar no diagnóstico precoce de Alzheimer
Pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, encontraram um indicativo inicial da doença de Alzheimer que pode revolucionar a forma como diagnósticos ocorrem atualmente.
Eles descobriram que um aumento no metabolismo das mitocôndrias em uma parte do cérebro, conhecida como hipocampo, pode ser um sinal do desenvolvimento da doença.
A pesquisa, publicada na revista científica Molecular Psychiatry, mostra que esse indicativo pode auxiliar na detecção precoce da doença, permitindo a aplicação de tratamentos que retardem a progressão dos sintomas.
- Estudo investiga relação entre personalidade e risco de demência
- Sinal de demência que surge no corpo até 9 anos antes do diagnóstico
- Perda de olfato no banho pode ser sinal de demência
- Sintoma de demência pode ser identificado em conversas do dia a dia. Fique atento aos sinais!
Aumento no metabolismo do hipocampo
“Essa doença começa a se desenvolver 20 anos antes do início dos sintomas, por isso é importante detectá-la precocemente. Especialmente tendo em conta os medicamentos retardadores que estão começando a chegar. Alterações metabólicas podem ser um fator diagnóstico importante nisso”, explica Per Nilsson, professor do Instituto Karolinska.
Para a realização do estudo, os cientistas utilizaram camundongos com um modelo de Alzheimer semelhante ao de humanos.
Nesses animais, os pesquisadores observaram um aumento do metabolismo nas mitocôndrias durante a fase jovem, seguido por alterações nas sinapses cerebrais, que perturbaram o sistema de descarte de substâncias conhecido como autofagia.
Novas perspectivas para o tratamento
Segundo os pesquisadores, as mudanças no metabolismo das mitocôndrias podem ser identificadas antes mesmo do acúmulo das placas de proteína beta-amiloide, característica comum na doença de Alzheimer.
Isso abre possibilidades para novos métodos de tratamento, focados em estabilizar a função mitocondrial e autofágica para retardar o avanço da doença.
Além disso, o estudo traz luz à importância do diagnóstico precoce, indispensável para a aplicação de medicamentos retardadores, que por enquanto atuam apenas em estágios iniciais da doença e com limitações.
Em um cenário onde a doença de Alzheimer é uma das principais causas de demência na população, a descoberta representa um grande avanço.