Estudo revela como a musculação melhora a depressão em idosos
Pesquisadores brasileiros destacam o impacto positivo da musculação na saúde mental de idosos, reduzindo a depressão
Um estudo recente conduzido por pesquisadores brasileiros trouxe à tona os benefícios da musculação na saúde mental dos idosos. Publicado na revista Psychiatry Research, o estudo analisou mais de 200 artigos e confirmou que a prática de exercícios de força pode reduzir significativamente os sintomas de depressão e ansiedade.
Os resultados são especialmente promissores para idosos que já possuem diagnósticos confirmados dessas condições.
A pesquisa também destacou que, além de fortalecer o corpo, a musculação contribui para o bem-estar emocional, auxiliando na promoção de um envelhecimento saudável.
- Ande esta quantidade de passos por dia e diminua o risco de morte precoce
- Exposição ‘Presépios de Hilda Breda’ está disponível até 11/01 em São Bernardo
- 5 praias baratas no Sudeste para curtir com pouco dinheiro
- Como não cair no golpe do falso Uber no aeroporto de Guarulhos
Segundo Paolo Cunha, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, a perda natural de força muscular com o avanço da idade pode estar associada ao aumento de problemas de saúde mental.
A prática regular de musculação ajuda a reverter esse quadro ao promover mudanças funcionais no corpo, que são controladas pelo cérebro.
Frequência ideal para treinar
O estudo também abordou a frequência recomendada para a musculação em idosos.
Para alcançar melhores resultados na saúde mental, os pesquisadores sugerem treinos de força três vezes por semana, com três séries de cada exercício.
A prática em grupo foi destacada como uma maneira de aumentar a interação social, o que, por sua vez, promove um impacto ainda mais positivo na saúde mental.
Outro ponto importante levantado pelos pesquisadores é o tipo de equipamento utilizado.
O uso de máquinas de musculação é mais eficiente em comparação a métodos que usam bandas elásticas ou o peso do próprio corpo, já que permitem um controle maior da intensidade e volume dos exercícios.
Lacunas e futuros estudos
Embora os resultados sejam encorajadores, os pesquisadores reconhecem que ainda há muito a ser explorado sobre a relação entre musculação e saúde mental.
A maioria dos estudos revisados envolveu um número pequeno de participantes, o que limita a compreensão de como os efeitos se manifestam em grande escala.
Em paralelo, Paolo Cunha está desenvolvendo um novo projeto para investigar o impacto do sedentarismo prolongado sobre a função vascular e cognitiva de idosos, buscando entender mais a fundo esses mecanismos.