Estudo revela que creatina ajuda a diminuir sintomas da depressão
A creatina é um composto natural produzido pelo organismo e encontrado em alimentos ricos em proteínas, como carnes vermelhas e peixes

Muito além do universo das academias e dos treinos de alto rendimento, a creatina monohidratada pode estar prestes a revolucionar um campo inesperado: a saúde mental. Embora essa substância seja amplamente conhecida por seu papel no ganho de força e resistência muscular, novas descobertas sugerem que ela também pode ser uma aliada poderosa no combate à depressão.
A creatina é um composto natural produzido pelo organismo e encontrado em alimentos ricos em proteínas, como carnes vermelhas e peixes. Sua função primária é fornecer energia às células, um papel essencial tanto para os músculos quanto para o cérebro — um dos órgãos que mais demandam energia.
Pesquisas recentes indicam que a creatina pode influenciar diretamente o humor e a resposta ao estresse. Como o cérebro depende de uma fonte energética robusta para manter suas funções cognitivas e emocionais equilibradas, a suplementação pode otimizar sua atividade metabólica, tornando-se uma ferramenta promissora no tratamento de transtornos psicológicos.
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Ciência e saúde mental: estudo que ligou os pontos
Um estudo publicado no Science Direct analisou os efeitos da creatina na depressão. Para isso, os cientistas acompanharam 100 pacientes diagnosticados com a condição, dividindo-os em dois grupos:
- O primeiro grupo recebeu uma dose diária de 5 g de creatina monohidratada e participou de sessões quinzenais de Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC);
- O segundo grupo recebeu um placebo, também combinado com sessões de TCC.
Após oito semanas, ambos os grupos apresentaram melhora nos sintomas da depressão. No entanto, os participantes que receberam creatina mostraram uma redução significativamente maior na gravidade da depressão. Além disso, 24% dos indivíduos suplementados alcançaram remissão completa dos sintomas, contra apenas 10% do grupo placebo.
Os pesquisadores acreditam que a chave para essa sinergia entre a creatina e a TCC está no córtex pré-frontal — uma área crucial do cérebro para a regulação emocional e a tomada de decisões. Níveis reduzidos de creatina nessa região têm sido associados a quadros depressivos. Ao restaurar essas reservas energéticas, a suplementação pode otimizar o funcionamento cerebral, tornando a terapia mais eficaz.
Segurança e possíveis efeitos colaterais
A creatina já é amplamente estudada e considerada segura para o consumo. Durante o estudo, os efeitos colaterais relatados foram mínimos, incluindo desconforto gastrointestinal e dores musculares leves, que diminuíram à medida que os pacientes se adaptaram à suplementação.
Embora mais pesquisas sejam necessárias para entender melhor o alcance desse impacto, os resultados iniciais indicam que a creatina pode abrir novas possibilidades para a saúde mental. Será que estamos diante de uma revolução na psicoterapia? O tempo — e a ciência — dirão.
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Embora existam várias formas de gerenciar a ansiedade, como exercícios físicos, terapia e meditação, a alimentação também desempenha um papel importante. Escolher a dieta e alimentos certos pode ajudar a reduzir os sintomas e promover uma sensação de bem-estar. Saiba mais sobre o assunto aqui.