Estudo revela que o consumo de carne vermelha pode aumentar o risco de diabetes tipo 2

Segundo estudo, quem consumia carne vermelha regularmente apresentava uma probabilidade 62% maior de desenvolver diabetes tipo 2

06/02/2025 23:00

Quem consumia carne vermelha regularmente apresentava uma probabilidade 62% maior de desenvolver diabetes tipo 2 –  karandaev/Depositphotos
Quem consumia carne vermelha regularmente apresentava uma probabilidade 62% maior de desenvolver diabetes tipo 2 –  karandaev/Depositphotos

Você já parou para pensar que aquele bife suculento do jantar pode estar influenciando sua saúde de maneiras que nem imagina?

De acordo com um estudo recente publicado no The American Journal of Clinical Nutrition, o consumo frequente de carne vermelha pode aumentar significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2 ao longo da vida.

A pesquisa se baseou em décadas de acompanhamento de aproximadamente 217 mil profissionais da saúde, que forneceram dados detalhados sobre sua alimentação e histórico médico a cada dois ou quatro anos.

Os resultados foram alarmantes: quem consumia carne vermelha regularmente apresentava uma probabilidade 62% maior de desenvolver diabetes tipo 2 em comparação com aqueles que a ingeriam com moderação.

Problema de saúde pública

Hoje, mais de 37 milhões de americanos vivem com diabetes – e a esmagadora maioria, entre 90% e 95%, tem diabetes tipo 2. Essa doença silenciosa pode comprometer o coração, os rins e a visão, e sua incidência continua a crescer tanto nos Estados Unidos quanto ao redor do mundo.

O risco é ainda maior para quem consome carnes processadas, como bacon e salsicha, que são carregadas de conservantes e compostos químicos que podem agravar inflamações no corpo.

Mas há uma boa notícia: ajustar a alimentação pode fazer uma grande diferença. Segundo o pesquisador Xiao Gu, da Escola de Saúde Pública de Harvard, reduzir o consumo de carne vermelha e adotar um estilo de vida mais equilibrado pode ajudar a diminuir significativamente o risco de diabetes.

E a substituição nem precisa ser radical. Trocar apenas uma porção diária de carne por fontes alternativas de proteína, como nozes, feijão, lentilha ou até iogurte, já pode trazer benefícios à saúde. Estudos anteriores também indicam que preferir aves no lugar de carnes processadas reduz os riscos. Além disso, frutos do mar, tofu e grãos integrais são opções nutritivas e saudáveis para manter a ingestão de proteínas sem os malefícios da carne vermelha.

Escolhas que moldam o futuro

A ciência é clara: o que colocamos no prato pode ter um impacto profundo na nossa saúde a longo prazo. Pequenos ajustes alimentares hoje podem ser a diferença entre um futuro cheio de vitalidade ou um caminho marcado por doenças crônicas. Então, que tal começar agora? Seu corpo (e sua saúde) agradecerão.

Outras dicas de Saúde na Catraca Livre:

Não é segredo para ninguém que a prática de exercícios físicos impacta diretamente a saúde e a qualidade de vida. E quando o assunto é saúde do coração, a atividade física e a melhora do condicionamento estão diretamente associadas a prevenção de doenças crônicas e a redução da mortalidade. Por isso, confira: 4 exercícios que podem reduzir em 36% o risco de morte por doenças cardíacas