Estudo sugere que um remédio pode desacelerar o envelhecimento
O estudo realizado com primatas trouxe novas descobertas para avaliar em futuras pesquisas sobre envelhecimento humano
Cientistas da Academia Chinesa de Ciências descobriram que metformina, medicamento utilizado no tratamento de diabetes tipo 2, tem a capacidade de retardar o envelhecimento.
Conduzida em primatas e divulgada na revista Cell, essa pesquisa oferece novas perspectivas sobre o processo de envelhecimento celular.
Como o medicamento desacelera o envelhecimento?
A metformina é conhecida por seu uso no controle do diabetes, mas pesquisadores descobriram que ela também promove o rejuvenescimento de tecidos e órgãos, como fígado, pulmões, coração, intestinos e músculos.
- TOD: saiba como o transtorno opositor desafiador se manifesta
- 3 lugares fora do óbvio para viajar em maio (todos eles no Brasil)
- Petrobras oferece 15 bolsas no valor de R$ 20 mil para produção de reportagens
- Trombofilia adquirida: entenda o diagnóstico de Mariana Rios
O estudo sugeriu que o uso prolongado do medicamento melhorou funções cognitivas e retardou a perda óssea em primatas, o que sugere efeitos potencialmente positivos para humanos em futuras pesquisas.
Além disso, o estudo mostrou que esse efeito da metformina pode ocorrer independentemente de sua função na regulação de açúcar no sangue.
A substância atua diretamente nos neurônios, estimulando genes antioxidantes e retardando o envelhecimento celular, sem estar limitada apenas ao metabolismo da glicose.
Metodologia do estudo
Para obter esses resultados, os cientistas utilizaram macacos-cinomolgos, que têm características fisiológicas semelhantes às humanas.
Durante 40 meses, os primatas foram monitorados com exames de imagem, testes sanguíneos e análises patológicas para acompanhar o impacto da metformina no envelhecimento de órgãos e tecidos.

A pesquisa revelou que a metformina reduziu em seis anos a idade biológica dos primatas, o equivalente a 18 anos em humanos. As áreas mais afetadas acabaram sendo o lobo frontal do cérebro e o fígado, com uma diminuição significativa na idade biológica dessas células.
Esses achados abrem portas para novos estudos focados na desaceleração do envelhecimento em humanos.