EUA aprovam primeiro remédio que retarda o diabetes tipo 1

O tratamento é feito por 14 dias consecutivos

04/09/2023 05:20

EUA aprovam primeiro remédio para retardar diabetes tipo 1
EUA aprovam primeiro remédio para retardar diabetes tipo 1 - Provention Bio/istock

Órgãos reguladores dos Estados Unidos o primeiro remédio aprovado capaz de retardar o desenvolvimento da diabetes tipo 1.

Desenvolvido pela biofarmacêutica Provention Bio, Inc, o anticorpo monoclonal teplizuma está sendo vendido sob a marca TZIELD.

O medicamento injetável por infusão intravenosa tem indicação para ser aplicado uma vez ao dia durante 14 dias consecutivos.

O tratamento é indicado para adultos em estágio 3 da doença e pacientes pediátricos de 8 anos ou mais que atualmente têm diabetes do mesmo tipo em estágio 2

O diabetes tipo 1 é um distúrbio autoimune que causa a destruição das células que secretam insulina do pâncreas. É diferente do diabetes tipo 2, causado quando o corpo produz menos insulina ou se torna resistente à insulina, muitas vezes devido ao excesso de gordura corporal.

A droga funciona reprogramando o sistema imunológico para o impedir de atacar erroneamente as células pancreáticas que produzem insulina.

Estágios do diabetes tipo 1

Nos três estágios do diabetes tipo 1, o estágio 2 é um passo antes do diagnóstico clínico. Em ensaios clínicos, o tratamento recém-aprovado atrasou o início da doença no estágio 3 por cerca de dois anos em comparação com o placebo.

O estágio 2 é marcado por anticorpos relacionados ao diabetes e níveis anormais de açúcar no sangue. Mas os pacientes normalmente não apresentam sintomas até serem diagnosticados no estágio 3.

Especialistas em saúde dizem que atrasar os estágios finais do diabetes tipo 1 pode salvar os pacientes de anos tomando insulina e monitorando o açúcar no sangue.

Contrapartida

Apesar do avanço observado, m dos efeitos colaterais do TZIELD é uma diminuição na contagem de glóbulos brancos, que, segundo especialistas em saúde, pode aumentar o risco de desenvolver doenças graves por infecções oportunistas.

Porém, o estudo mostrou que a contagem de células começou a subir novamente sete dias após o tratamento e voltou à contagem de pré-tratamento alguns meses depois.