Ex-árbitro implanta chip no cérebro na luta contra o Parkinson

23/05/2018 13:20

O ex-árbitro de futebol José Roberto Wright implantou um chip no cérebro para se livrar dos tremores causado pelo Parkinson. A cirurgia foi realizada com sucesso no último dia 11 de maio, segundo informações do jornal “O Globo“.

Ex-árbitro José Roberto Wright colocou um chip no cérebro para tratar o Parkinson
Ex-árbitro José Roberto Wright colocou um chip no cérebro para tratar o Parkinson

Em entrevista à colunista Marina Caruso, Wright disse que o efeito da intervenção cirúrgica foi imediato. “O tremor na mão esquerda já começava a incomodar. Então, foi necessário fazer a cirurgia. E o efeito foi imediato. O tremor dos braços terminou imediatamente depois da implantação do chip cerebral”

José Roberto Wright, que foi considerado o melhor árbitro do mundo na Copa de 90, realizada na Itália, foi diagnosticado com doença em 1986.

O ator Paulo José, que em março fez 81 anos, passou pela mesma cirurgia em 2010.

Parkinson: causas, sintomas e tratamento

O Parkinson é uma doença progressiva do sistema neurológico que afeta principalmente o cérebro. Mais comum em pessoas idosas, a doença prejudica a coordenação motora, provoca tremores e dificuldades para caminhar e se movimentar.

O problema ocorre quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina- substância que ajuda a controlar os movimentos musculares – são destruídas lenta e progressivamente.

“Sem a dopamina, as células nervosas dessa parte do cérebro não podem enviar mensagens corretamente. Isso leva à perda da função muscular. O dano piora com o tempo”, informa a neurologista Bruna Mendonça Lima em matéria ao Minha Vida, parceiro do Catraca Livre.

Problema ocorre quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina- substância que ajuda controlar os movimentos – são destruídas
Problema ocorre quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina- substância que ajuda controlar os movimentos – são destruídas - Getty Images/iStockphoto

Apesar das causas da doença ainda serem desconhecidas, especialistas acreditam que fatores genéticos e ambientais – exposição a certas toxinas ou fatores ambientais – aumentam o risco de desenvolver o problema.

Os sintomas costumam ser suaves no início, incluindo:

  •  Tremores
  • Lentidão dos movimentos
  • Rigidez muscular

Conforme o quadro evolui, os sintomas mais significativos são:

  • Inclinação do corpo para frente
  • Passos mais curtos
  • Redução do movimento dos braços ao andar

Quando em estágio avançado, o paciente apresenta outros sintomas motores como:

  • Diminuição ou desaparecimento de movimentos automáticos (como piscar)
  • Tendência a babar
  • Dificuldade de engolir
  • Falta de expressão no rosto
  • Dores musculares (mialgia)
  • Dificuldade para começar ou continuar o movimento, como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira
  • Perda da motricidade fina (a letra pode ficar pequena e difícil de ler, e comer pode se tornar mais difícil)
  • Tremores que desaparecem durante o movimento

Sintomas não motores também podem ocorrer como:

  • Intestino preso e constipação
  • Pode piorar com o cansaço, excitação ou estresse
  • Voz para dentro, mais baixa e monótona
  • Ansiedade, estresse e tensão
  • Confusão
  • Demência
  • Depressão
  • Desmaios
  • Alucinações
  • Perda de memória

Caso a pessoa apresente sintomas, é importante procurar um neurologista, que irá diagnosticar a doença com base no histórico médico do paciente e na revisão de seus sinais e sintomas, além de um exame neurológico e físico.

Ainda não há cura para a doença, mas o tratamento visa controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Saiba mais na matéria completa do Minha Vida.