Ex-Malhação revela diagnóstico de esclerose múltipla aos 39 anos

Atriz contou que teve problemas de visão, na fala e de memória, além de muitas dores no corpo

Ludmila Dayer, que fez parte do elenco de “Malhação”, da TV Globo, nas temporadas de 1995 e 2000, revelou em seu Instagram, que foi diagnosticada com esclerose múltipla. A atriz, de 39 anos, explicou que a doença foi provavelmente desencadeada pelo vírus EBV (Vírus Epstein–Bar).

Atualmente morando nos EUA, Ludmila contou que os primeiros sintomas foram problemas na visão e na cognição, mas demorou cerca de um ano para fechar o diagnóstico.

Atriz Ludmila Dayer, ex-Malhação revela diagnóstico de esclerose múltipla 
Créditos: reprodução/Instagram/ludayer13
Atriz Ludmila Dayer, ex-Malhação revela diagnóstico de esclerose múltipla 

“Era um sintoma atrás do outro e, por isso, fui procurar o médico. Não conseguia enxergar direito, minha fala não acompanhava os meus pensamentos, tinha problemas de memória e muitas dores no corpo. Ia de um cômodo para o outro e não lembrava o que tinha ido fazer”, contou.

A doença é a mesma já enfrentada por Guta Stresser, de 49 anos, e por  Claudia Rodrigues, de 52.

Ludmila Dayer com Fábio Azevedo, parceiro de “Malhação”
Créditos: reprodução/Instagram/fabioazevedo
Ludmila Dayer com Fábio Azevedo, parceiro de “Malhação”

Ludmila acredita-se que a doença tenha sido desencadeada pelo vírus EBV (Vírus Epstein-Bar), que tem uma íntima relação com a doença neurodegenerativa. Ele pode ser transmitido pela saliva, por transfusões de sangue e através do contato com objetos contaminados.

A atriz contou que adotou uma dieta firme para ajudar a combater os sintomas da doença. Ela cortou o glúten, ovo e carne. “Tudo que alimentava o vírus e provocava os sintomas”, explicou ela. “Também passei a comer coisas que desinflamam meu organismo”, disse.

Esclerose múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune, potencialmente incapacitante. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), seu desenvolvimento faz com que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares.

Os sinais e sintomas da doença variam e dependem da quantidade de danos nos nervos e de quais nervos são afetados.

Algumas pessoas com EM grave podem perder a capacidade de andar de forma independente, outras apresentam fadiga intensa, depressão, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga.

O problema de visão relatado por Ludmila também é comum. Pode haver perda parcial ou completa da visão, geralmente em um olho de cada vez, muitas vezes com dor durante o movimento dos olhos. Visão dupla prolongada e visão embaçada também são sintomas frequentemente relatados.

Já outros pacientes podem experimentar longos períodos de remissão sem novos sintomas.

Embora não haja cura, os tratamentos podem ajudar a atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença.