Exame identifica por qual variante paciente foi infectado

Mas pode ir sossegando na cadeira porque esse teste não está disponível nas farmácias, só nos hospitais

Como se não bastasse o coronavírus original, há ainda as variantes para nos preocupar. E a menos que você tenha recém-chegado de Vênus, você certamente está em alguma medida encucado (a) com elas. Só no Brasil, há 5 dessas cepas correndo soltinhas por aí. A novidade é que um teste novo é capaz de identificar por qual delas o indivíduo foi infectado.

Mas pode ir sossegando na cadeira porque esse teste não está disponível nas farmácias. Explico: o exame não tem finalidade de diagnóstico da doença para o público em geral. Serve, sim, para auxiliar os médicos a entenderem o que se passa com o paciente infectado em um quadro mais grave.

Por isso, o Grupo Fleury disponibiliza o teste apenas nos hospitais. Isso evita que as pessoas façam o exame apenas por curiosidade.

 Exame identifica por qual variante paciente foi infectado
Créditos: Drazen Zigic/istock
 Exame identifica por qual variante paciente foi infectado

A ideia é que o resultado do teste ajude o médico a ter indícios de que o paciente internado vai evoluir de maneira pior ou não, de acordo com a variante que o infectou.

E como funciona o exame?

O teste pode identificar entre duas e cinco variantes descritas no Brasil. São elas: a P.1, do Amazonas, a B.1.1.7, do Reino Unido, a sul africana B.1.351 e as brasileiras P.2 e N.9.

No caso de contaminação pela cepa do coronavírus original, o resultado dá negativo. A informação, no entanto, não altera o tratamento dos pacientes.

Por outro lado, o resultado fornece uma informação epidemiológica importante. No Brasil, por exemplo, a variante brasileira P.1 é ligada à explosão de casos recente. E isso se dá porque essa cepa é muito mais transmissível que as demais. Ou seja, não dá para marcar bobeira MESMO!

Se você ainda tem dúvidas sobre essa tão falada variante brasileira, passe um café, puxe uma cadeira e vem aqui ler esse papo com o virologista e pesquisador Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia. LEIA AQUI A ENTREVISTA.