Excesso de remela nos olhos pode indicar problemas

14/05/2018 12:05 / Atualizado em 05/05/2020 10:33

Ao acordar pela manhã, muitas pessoas percebem um muco branco ou amarelado nos cantos internos dos olhos. Popularmente conhecida como ‘remela’, a substância nada mais é do que sobra de lágrima carregada de poeira e gordura que se cristalizou durante o período em que a pessoa permaneceu de olhos fechados.

Mas quando esse muco é produzido em excesso, principalmente quando vem acompanhado de outros sintomas, como vermelhidão nos olhos, é preciso ficar atento.

A produção excessiva de secreção pode estar associada a um quadro de conjuntivite ou síndrome do olho seco, entre outras doenças oculares.

A produção excessiva de ‘remela’ pode estar associada a um quadro de conjuntivite ou síndrome do olho seco
A produção excessiva de ‘remela’ pode estar associada a um quadro de conjuntivite ou síndrome do olho seco - Getty Images

O excesso de remela ocorre em função da síndrome do olho seco, muito comum em pessoas que passam horas diante do computador ou qualquer outra tecnologia (celular, videogame, televisão etc.), é importante adotar medidas para aumentar a produção de lágrimas.

Em média, as pessoas piscam entre 14 e 18 vezes por minuto. O piscar promove uma limpeza de toda sujeira e oleosidade depositada na superfície dos olhos e os mantém hidratados. O problema é que, com a diminuição das piscadas, vêm o ressecamento dos olhos e a irritação desencadeada pelo acúmulo de sujeira.

Independentemente da causa, a recomendação é evitar ao máximo colocar a mão nos olhos para retirar remela, até porque eventualmente as mãos podem estar sujas e agravar ainda mais o quadro.

“A infecção ocular geralmente se apresenta através dos seguintes sintomas: vermelhidão dos olhos, excesso de lágrimas/remelas, dor ou sensação de queimação, além de inflamação ao redor dos olhos. Caso seja diagnosticada uma conjuntivite, é importante saber que se trata de uma condição altamente contagiosa e pode ser causada por alergia, bactéria ou vírus”, diz o oftalmologista Renato Neves, do Hospital de Olhos, em São Paulo.

O médico alerta ainda que lavar as mãos com maior frequência é muito importante, bem como evitar compartilhar objetos de uso comum, como toalhas de mão/rosto, fronhas e travesseiros.