Exercício que potencializa o cérebro e beneficia quem tem Parkinson
Entenda como essa atividade pode organizar a atividade cerebral, beneficiando pessoas com Parkinson e Alzheimer
Um estudo das universidades federais do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Paraná (UFPR), em colaboração com instituições de saúde do Reino Unido, destacou o ciclismo como um exercício que traz benefícios significativos ao cérebro.
A pesquisa, publicada na revista Plos One, revela que pedalar, principalmente com os olhos fechados, ajuda a organizar a atividade cerebral.
Isso pode ser especialmente útil para pessoas com condições neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer.
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Como pedalar ajuda quem tem Parkinson?
A pesquisa foi motivada por um caso observado em estudo holandês, onde um paciente com Parkinson avançado, apesar de ter dificuldades para caminhar, conseguia pedalar sem problemas. Essa descoberta levantou questões sobre os mecanismos cerebrais envolvidos.
Os cientistas descobriram que pedalar reduz a entropia, ou seja, a desordem na atividade cerebral, algo comum em pessoas com Parkinson.
A sincronia gerada pelos movimentos repetitivos das pernas durante o ciclismo é uma das chaves para essa melhora, tornando o ato de pedalar mais simples e eficaz que caminhar.
Quais são os benefícios do ciclismo para o cérebro?
Durante o estudo, a atividade cerebral de adultos saudáveis foi monitorada, e os resultados mostraram que a prática do ciclismo organiza os sinais do cérebro, facilitando os movimentos.
Esse benefício é ainda mais relevante para pessoas com Parkinson, já que a prática reduz a complexidade cerebral, permitindo uma maior fluidez nos movimentos.
Além disso, o exercício regular fortalece o sistema cardiorrespiratório, essencial para melhorar o quadro clínico de quem convive com doenças neurodegenerativas.
Todos devem pedalar
Para pessoas sem doenças neurodegenerativas, pedalar também é uma excelente forma de treinar o cérebro.
A prática estimula o córtex cerebral, melhora o humor e a saúde mental, além de aumentar a capacidade motora. Com isso, a pessoa pode se sentir mais disposta e eficiente em suas atividades diárias.
O ciclismo, então, traz benefícios físicos, cognitivos e emocionais, sendo recomendado para todos.
Os pesquisadores planejam expandir os estudos para investigar os efeitos do ciclismo em diferentes cenários. A ideia é entender ainda mais como o cérebro responde a essa atividade, para potencialmente criar tratamentos que melhorem o controle motor em doenças como o Parkinson.