Exercícios ajudam a prevenir o Alzheimer; saiba quais
Estudos sobre o tema mostram benefícios proporcionados pelos exercícios respiratórios
Considerado um dos males do século, o Alzheimer afeta a vida de aproximadamente 1,2 milhão de pessoas no Brasil, enquanto 100 mil novos casos são diagnosticados todos os anos. Em todo o mundo, o número chega a 50 milhões de pessoas.
Em meio à produção científica na busca por respostas e tratamentos adequados para a forma mais comum da demência, estudos mostram que, dois tipos específicos de exercícios respiratórios, podem ajudar a diminuir os riscos do Alzheimer.
Para isso, basta praticá-los por 20 minutos duas vezes ao dia. A ação ajudará a diminuir os peptídeos associados à doença de Alzheimer, de acordo com um estudo publicado na revista Scientific Reports.
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Durante o experimento, os pesquisadores recrutaram participantes saudáveis, adultos mais jovens e mais velhos, que não tinham problemas médicos graves. O foco do relatório atual foi nos 54 jovens e 54 adultos mais velhos que participaram dos testes.
O estudo consistiu em sete visitas semanais, durante as quais foram realizadas medições iniciais nas duas primeiras visitas e medidas pós-intervenção nas duas últimas visitas.
Em outra etapa, os participantes receberam treinamento de biofeedback e receberam um laptop conectado a um sensor de ouvido que media seus batimentos cardíacos e exibia biofeedback de frequência cardíaca em tempo real. Os participantes foram instruídos a praticar a técnica de intervenção designada em casa por seis semanas.
Ao fim do período de observações, os pesquisadores coletaram amostras de sangue e examinaram especificamente o plasma dos participantes de ambos os grupos para medir os níveis de peptídeos beta-amiloides. Acredita-se que o acúmulo de beta-amiloide no cérebro desencadeie o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Por que os exercícios previnem o Alzheimer
Conforme mostram os resultados, o grupo submetido a exercícios de respiração ritmada para aumentar as oscilações da frequência cardíaca apresentou uma diminuição nos níveis de beta-amiloide.
Por outro lado, aqueles que se concentraram em pensamentos calmos destinados a reduzir as oscilações da frequência cardíaca apresentou um aumento no níveis de ambos os peptídeos. Quando os dados foram analisados para adultos mais jovens e mais velhos separadamente, o mesmo padrão de resultados foi observado.
Ou seja, as descobertas sugerem que praticar regularmente a técnica de respiração para aumentar as oscilações induzidas pela respiração na frequência cardíaca pode ajudar a manter os níveis dessas substâncias baixos e potencialmente reduzir o risco de doença de Alzheimer.