Fator desconhecido pode aumentar o risco de Parkinson, indica estudo
Fator até então desconhecido pela literatura médica surpreendeu especialistas
Objeto de inúmeros estudos, o Parkinson afeta a vida de mais de 250 mil brasileiros e já foi diagnosticado em cerca de quatro milhões de pessoas em todo o mundo.
A doença, caracterizada pelo declínio cognitivo, ainda é considerada um desafio para a ciência, que busca compreender suas origens e os efeitos no organismo humano.
Recentemente, uma equipe de pesquisadores identificou um novo fator de risco que pode aumentar as chances de desenvolver Parkinson. Para investigar essa possível conexão, os cientistas analisaram os dados de saúde de 491.603 participantes ao longo de 15 anos.
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No início do estudo, nenhum dos participantes havia sido diagnosticado com a doença. Contudo, ao final do período, 2.822 pessoas receberam o diagnóstico de Parkinson. Mas o que poderia explicar esse aumento de casos?
Fator desconhecido pode aumentar risco de Parkinson
Os pesquisadores apontaram que os indivíduos que relataram se sentir solitários apresentaram um risco significativamente maior de desenvolver Parkinson.
Curiosamente, a solidão não foi um fator de risco no início do estudo, durante os primeiros cinco anos. No entanto, os dados revelaram que aqueles que experimentaram solidão por mais de cinco anos mostraram um risco significativamente maior de desenvolver a doença. Esse achado reforça a ideia de que a solidão pode ser um determinante psicossocial importante para a saúde geral.
De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, 15% dos brasileiros se consideram muito solitários, 38% pouco solitários e 47% nada solitários.
Essa relação permaneceu consistente, mesmo após a consideração de fatores como:
- Índice de massa corporal
- Predisposição genética
- Hábitos como fumar
- Nível de atividade física
- Diabetes
- Hipertensão
- Histórico de AVC ou ataque cardíaco
- Depressão
Fatores de risco para o Parkinson
Especialistas afirmam que o Parkinson surge devido a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Alguns dos principais fatores de risco conhecidos são:
- Idade avançada
- Histórico familiar de Parkinson
- Genética hereditária
- Sexo masculino
- Exposição a toxinas ambientais
- Traumas cranianos
- Estresse oxidativo
- Inflamação crônica do sistema nervoso
Embora esses fatores aumentem as chances de desenvolver a doença, não há garantia de que uma pessoa com um ou mais desses fatores venha a ser diagnosticada com Parkinson.
Sintomas de Parkinson
Os sintomas da doença de Parkinson são diversos e podem incluir:
- Tremores involuntários
- Dificuldade de movimento e lentidão nos movimentos voluntários
- Rigidez muscular
- Instabilidade postural
- Alterações na escrita, com caligrafia menor e ilegível
- Mudanças na fala
Compreender essas manifestações e os fatores associados ao Parkinson é crucial para o avanço do tratamento e da prevenção da doença.