Histórico materno aumenta risco de Alzheimer; descubra por quê

Novo estudo revela um fator genético que influencia no risco de desenvolver Alzheimer, destacando a importância do histórico familiar

Histórico materno aumenta risco de Alzheimer
Créditos: iStock/Dr_Microbe
Histórico materno aumenta risco de Alzheimer

É de conhecimento geral que o Alzheimer pode ser transmitido geneticamente, especialmente em famílias com histórico da doença.

Mas uma nova pesquisa revelou que pessoas com histórico materno de Alzheimer têm maior risco de desenvolver a doença comparado àquelas com apenas histórico paterno.

A análise incluiu 4.413 pessoas, entre 65 e 85 anos, sem sintomas de Alzheimer, mas com histórico familiar. Os detalhes estão em um artigo publicado no JAMA Neurology.

O que leva uma pessoa a ter Alzheimer?

A pesquisa focou nos níveis de biomarcadores, especificamente placas amiloides formadas por proteínas beta-amiloides no cérebro.

Os níveis dessas placas estavam mais elevados em pessoas com histórico materno de Alzheimer, indicando uma maior influência genética do lado materno no risco de desenvolver a doença.

As placas amiloides acumulam-se no cérebro, prejudicando a saúde dos neurônios e levando ao declínio cognitivo. Níveis elevados dessas placas podem acabar detectados antes mesmo dos sintomas surgirem, permitindo um diagnóstico precoce.

Afinal, por que o histórico materno aumenta o risco?

Uma possível explicação para o maior risco associado ao histórico materno envolve as mitocôndrias, transmitidas exclusivamente pelos genes da mãe.

As mitocôndrias geram energia dentro das células, e mutações nelas podem causar disfunção mitocondrial.

O cérebro, que consome cerca de 20% da energia do corpo, pode acabar afetado por problemas nas mitocôndrias, o que acabou associado ao Alzheimer em outras pesquisas.

Qual o próximo passo da pesquisa?

A descoberta de que o risco de Alzheimer pode depender do progenitor de quem a doença é herdada pode ajudar no diagnóstico precoce.

Pesquisadores agora planejam investigar mais a fundo o impacto do DNA materno, especialmente o cromossomo X, e a disfunção mitocondrial na doença, como sugerido por Rahul Sidhu, doutorando em Neurociência na Universidade de Sheffield.

Enquanto isso, o que devemos fazer para evitar o Alzheimer?

Para evitar o Alzheimer, é importante adotar um estilo de vida saudável que inclua uma dieta balanceada rica em frutas, vegetais e gorduras saudáveis, exercícios físicos regulares, e atividades que estimulem o cérebro, como leitura e quebra-cabeças.

Além disso, manter a saúde cardiovascular controlando a pressão arterial, o colesterol e o diabetes é crucial, pois problemas cardíacos podem aumentar o risco de Alzheimer. 

Consultar regularmente um médico para monitorar a saúde geral e discutir fatores de risco individuais é fundamental para a prevenção da doença.