Fatores que diminuem o risco de desenvolver demência precoce
Estudo revela 15 fatores de risco para demência precoce e destaca a importância de intervenções preventivas e políticas públicas
Um estudo publicado no Jama Neurology identificou 15 fatores de risco modificáveis que aumentam significativamente a probabilidade de demência precoce.
Essas descobertas, resultado de uma pesquisa conduzida por universidades renomadas, oferecem novas perspectivas sobre como prevenir essa condição debilitante.
Qual a importância da genética e das ações preventivas?
Os especialistas enfatizam que, embora a genética desempenhe um papel crucial em casos de demência precoce, a maioria dos fatores identificados no estudo pode ser abordada por ações preventivas individuais ou políticas públicas.
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Durante mais de uma década, pesquisadores acompanharam 365 mil voluntários com menos de 65 anos, analisando dados clínicos e hábitos de vida. Ao final do estudo, foram identificados 485 casos de demência precoce entre os participantes.
David Llewellyn, professor da Universidade de Exeter e um dos autores do estudo, destacou em um comunicado divulgado pela instituição que, pela primeira vez, um estudo revela que somos capazes de agir para reduzir o risco dessa condição, focando em uma variedade de diferentes fatores.
Quais são os fatores de risco destacados pelo estudo?
- Baixa escolaridade;
- Baixo nível socioeconômico;
- Diabetes;
- Doença cardíaca;
- Acidente vascular cerebral (AVC);
- Pressão baixa ao levantar-se;
- Alcoolismo;
- Não consumo de álcool;
- Isolamento social;
- Depressão;
- Deficiência auditiva;
- Força nas mãos reduzida;
- Deficiência de vitamina D;
- Altos níveis de proteína C-reativa;
- Portar variante específica do gene Apolipoproteína E (Apoe).
Como intervenções preventivas podem ajudar?
Pesquisadores sugerem que intervenções focadas na educação contínua e na promoção de hábitos saudáveis podem reduzir o risco de demência precoce.
Estudos anteriores indicam que a mitigação desses fatores poderia prevenir até 40% dos casos da doença.
Embora os genes desempenhem um papel importante, especialmente em casos de demência precoce, o estudo destaca que muitos dos fatores de risco são passíveis de intervenção. Isso sublinha a importância de políticas de saúde pública e ações individuais na prevenção dessa condição.