Ex-Chiquititas Flávia Monteiro revela câncer: ‘achei que fosse uma pinta’

A atriz Flávia Monteiro, conhecida por seu papel como Tia Carol em “Chiquititas” e outras produções, revelou que enfrentou um câncer de pele.

Aos 52 anos, ela relatou que o diagnóstico veio após notar uma pequena mancha na perna, que inicialmente não parecia preocupante. “Achei que fosse uma pinta”, disse.

No entanto, o que parecia inofensivo era, na verdade, um melanoma — tipo mais agressivo da doença.

Como o diagnóstico ocorreu?

O sinal, localizado próximo ao joelho, despertou atenção durante uma consulta dermatológica. Após exames e uma biópsia, veio a confirmação: se tratava de um melanoma em estágio dois.

A artista precisou passar por cirurgia para a retirada da lesão e ficou com uma cicatriz extensa na perna.

O momento delicado coincidiu com o adoecimento de seus pais, ambos também diagnosticados com câncer. “Tive que fazer uma operação, e isso coincidiu justamente com a época do documentário [sobre a primeira versão brasileira da novela ‘Chiquititas‘]. Meu médico me proibiu de dançar”, contou ela entrevista ao site Heloisa Tolipan. 

Apesar do susto, Flávia afirmou que não precisou de quimioterapia ou radioterapia, mas seguirá um acompanhamento rigoroso, com consultas trimestrais ao longo de dois anos.

O que é o melanoma?

O melanoma é um tipo de câncer de pele que, embora menos comum, é o mais perigoso por seu alto potencial de metástase. Ele pode surgir em pintas já existentes ou aparecer de forma espontânea em áreas saudáveis da pele.

Apesar de representar apenas uma pequena fração do total de casos, ele responde pela maior parte das mortes relacionadas à doença.

Como identificar os sinais?

Manchas e pintas que mudam de cor, forma ou tamanho devem ser observadas com atenção.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), uma regra adotada internacionalmente é a do “ABCDE”, que aponta sinais sugestivos de tumor de pele do tipo melanoma:

• Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;
• Bordas irregulares: contorno mal definido;
• Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
• Diâmetro: maior que 6 milímetros;
• Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).

Ao notar qualquer alteração, é fundamental procurar um dermatologista. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura.

Prevenção é fundamental

Para reduzir os riscos, é essencial evitar a exposição solar em horários críticos, entre 10 e 16 horas, usar protetor solar com fator 30 ou mais e reaplicá-lo a cada duas horas — especialmente em dias de calor intenso, suor excessivo ou contato com a água.

Flávia Monteiro reforça a importância da atenção aos sinais do corpo. “Fiquei com um talho na perna gigantesco. Mas, de todo modo, imagina se eu não tivesse visto.”