Folhas tradicionais da medicina oriental ajudam a controlar os sintomas do diabetes
Conhecimento secular propõe controle dos níveis de açúcar por meio da manipulação de ervas medicinais
Na Índia, a medicina tradicional, incluindo a Ayurveda, tem feito uso de folhas medicinais há séculos, reconhecendo seu potencial no combate ao diabetes.
Acredita-se que essas plantas ajudem a regular os níveis de açúcar no sangue, aumentando a sensibilidade à insulina e prevenindo complicações associadas à doença.
Diversas espécies vegetais estão sendo investigadas por seus efeitos antidiabéticos, como o Taraxacum officinale (dente-de-leão), Cynara scolymus (alcachofra), Arctium lappa (bardana) e Baccharis trimera (carqueja), entre outras. No entanto, é fundamental lembrar que ainda não existe uma cura definitiva para o diabetes.
O tratamento eficaz da doença requer uma abordagem ampla, envolvendo uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios, controle de peso, monitoramento constante da glicose e, quando necessário, o uso de medicamentos prescritos.
Ervas com potenciais benefícios no controle do diabetes:
- Neem (Azadirachta indica)
Utilizada na medicina tradicional indiana, as folhas de neem são conhecidas por suas propriedades antidiabéticas. Embora alguns relatos populares sustentem sua eficácia no controle do açúcar no sangue, os estudos científicos ainda são inconclusivos. - Feno-grego (Trigonella foenum-graecum)
Essa planta medicinal possui compostos ativos que podem ajudar a controlar os níveis de glicose, como fibras solúveis e proteínas. Pesquisas indicam que o feno-grego pode beneficiar tanto pessoas com diabetes tipo 1 quanto tipo 2, ao melhorar a sensibilidade à insulina. - Folhas de curry
Estudos preliminares sugerem que as folhas de curry, com suas propriedades antioxidantes e hipoglicemiantes, podem reduzir os níveis de glicose no sangue e melhorar a resposta à insulina. - Manjericão
Pesquisas iniciais em animais demonstram que o manjericão pode ajudar a regular o açúcar no sangue e aumentar a sensibilidade à insulina, além de atuar como antioxidante, protegendo as células de danos causados por radicais livres, que agravam complicações do diabetes.
Precauções no uso de tratamentos alternativos
Apesar dos possíveis benefícios dessas ervas, elas não devem substituir medicamentos prescritos sem orientação médica. Se estiver considerando utilizá-las como complemento no tratamento do diabetes, é essencial consultar um profissional de saúde para garantir a segurança e eficácia. Também é crucial monitorar regularmente os níveis de glicose para avaliar a resposta do corpo e ajustar o tratamento conforme necessário.
Mal do século: uma doença que mata em silêncio
O diabetes mellitus é uma doença crônica que afeta a capacidade do corpo de metabolizar a glicose. Pode se manifestar como uma condição autoimune (tipo 1) ou por uma resistência à insulina (tipo 2). Essa condição está associada a um maior risco de complicações, como doenças cardiovasculares, renais, oculares e neuropáticas.
Segundo a OMS, em 2021, cerca de 529 milhões de pessoas no mundo tinham diabetes, sendo 90% dos casos do tipo 2. Estima-se que, até 2050, esse número poderá ultrapassar 1 bilhão de pessoas.