Fungo pode aumentar risco de Alzheimer, revela estudo

Entenda relação entre existência de fungo e desenvolvimento do Alzheimer

13/01/2024 06:28

Estudar, fazer exercícios de resolução e jogos inteligentes são algumas recomendações para evitar o surgimento do Alzheimer – iStock/Getty Images
Estudar, fazer exercícios de resolução e jogos inteligentes são algumas recomendações para evitar o surgimento do Alzheimer – iStock/Getty Images - haydenbird/istock

Investigadores da Universidade Baylor, em Waco, Texas, descobriram um fungo, que provavelmente habita o seu cérebro, pode estar contribuindo para o o desenvolvimento da doença de Alzheimer ou de outro tipo de demência.

Este fungo atende pelo nome de Candida albicans, uma levedura comum que vive em todo corpo humano, especialmente na pele, na boca e nos intestinos. Contudo, quando a C. albicans cresce desequilibrada com as bactérias saudáveis ​​do seu corpo ela causa uma infecção chamada candidíase.

As infecções comuns incluem infecção vaginal por fungos, assaduras e candidíase. “Descobrimos que C. albicans produz enzimas chamadas proteases aspárticas secretadas que quebram a barreira hematoencefálica, dando ao fungo acesso ao cérebro, onde causa danos”, alertaram os pesquisadores em nota.

Qual a relação do fungo com o Alzheimer?

De acordo com as evidências obtidas, a doença de Alzheimer resulta do acúmulo de peptídeos tóxicos no cérebro, o que leva à neurodegeneração. O pensamento dominante é que estes peptídeos são produzidos naturalmente pelo cérebro.

Consequentemente, esses peptídeos também ativam células cerebrais que mantêm a quantidade de fungos no cérebro em níveis baixos – mas não eliminam completamente a infecção fúngica.

A nova investigação, no entanto, revela que a C. albicans, que já tinha sido detectada no cérebro de pessoas com doença de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas, pode gerar os mesmos péptidos nocivos que o cérebro também pode criar.

Estas descobertas apoiam a realização de mais estudos para avaliar o papel da C. albicans no desenvolvimento da doença de Alzheimer nas pessoas, o que pode potencialmente levar a estratégias terapêuticas inovadoras.

Sintomas de Alzheimer

Doença neurodegenerativa progressiva e irreversível que afeta o cérebro, que leva a uma deterioração gradual da memória, pensamento, comportamento e habilidades cognitivas, o Alzheimer é a forma mais comum de demência e pode ter um impacto significativo na vida diária e na funcionalidade geral do indivíduo.

Os sintomas do Alzheimer podem incluir:

  • Perda de memória
  • Dificuldade em realizar tarefas familiares
  • Desorientação temporal e espacial
  • Mudanças no humor e comportamento
  • Dificuldade em encontrar as palavras certas, seguir uma conversa ou participar de discussões
  • Falta de motivação para realizar atividades rotineiras, hobbies ou interações sociais
  • Dificuldade em planejar e resolver problemas

À medida que a doença progride, os sintomas pioram e podem afetar significativamente a capacidade da pessoa de cuidar de si mesma e de se relacionar com os outros.

Embora não haja cura para o Alzheimer, existem tratamentos disponíveis para ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas pela doença. O diagnóstico precoce e o planejamento adequado podem desempenhar um papel crucial na gestão e no tratamento do Alzheimer.

Como prevenir o Alzheimer?

Embora não exista uma forma de prevenção específica para o Alzheimer, os médicos acreditam que manter a cabeça ativa é uma das formas de retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença.

Estudar, fazer exercícios de resolução e jogos inteligentes são algumas opções. Também e importante manter uma dieta saudável e equilibrada, controlar o peso e manter relações sociais significativas.