Genética x Saúde: Como lidar com o colesterol alto “de família”
Adotar uma rotina equilibrada não apenas ajuda a manter o colesterol em níveis ideais, como também protege o coração e a saúde geral

O colesterol alto é um exemplo clássico: não dói, não causa incômodo imediato, mas pode estar silenciosamente comprometendo sua saúde.
Por não apresentar sintomas claros, muitas pessoas só descobrem que têm níveis elevados dessa gordura no sangue quando já enfrentam sérias consequências. Daí a expressão “o mal silencioso”. E acredite: em alguns casos, isso começa bem antes do que se imagina — desde o nascimento.
Hipercolesterolemia familiar: A herança que ninguém quer receber
Imagine carregar, desde o primeiro dia de vida, um risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares. É isso que acontece com quem nasce com hipercolesterolemia familiar (HF), uma condição genética que faz com que o colesterol LDL (o chamado “colesterol ruim”) esteja sempre alto. Estudos realizados no Brasil identificaram mutações em genes, como o do receptor de LDL e o da apolipoproteína B100, como causas principais da HF.
Essas mutações impedem o organismo de remover adequadamente o colesterol da corrente sanguínea, o que leva ao seu acúmulo e, por consequência, ao aumento precoce do risco de infarto, derrames e outros problemas cardiovasculares. Estima-se que, em famílias afetadas, uma em cada duas pessoas herde essa condição. A boa notícia? Com diagnóstico precoce e acompanhamento médico adequado, é possível manter a saúde sob controle.
Genética pesa, mas o estilo de vida também conta
Mesmo quem não herdou o colesterol alto de família deve ficar atento. Maus hábitos alimentares e sedentarismo são grandes vilões para o aumento do colesterol LDL. Alimentos ricos em gorduras saturadas — como carnes gordurosas, queijos amarelos, frituras e ultraprocessados — são combustíveis para o colesterol ruim. O sobrepeso e o tabagismo agravam ainda mais esse cenário.
Em contrapartida, escolhas saudáveis podem fazer toda a diferença. Adotar uma rotina equilibrada não apenas ajuda a manter o colesterol em níveis ideais, como também protege o coração e a saúde geral.
As principais armas contra o colesterol alto:
1. Repense o que você coloca no prato
Alimentos ricos em fibras solúveis, como aveia, frutas, legumes e leguminosas, ajudam a reduzir a absorção do colesterol no intestino. Evite frituras, embutidos e comidas prontas — eles sabotam seus esforços.
2. Mexa-se! Seu coração agradece
Atividades como caminhada, corrida, ciclismo e natação melhoram o perfil lipídico e aumentam o HDL, o “colesterol bom”. O ideal é praticar pelo menos 150 minutos de exercícios por semana.
3. Abandone o cigarro e modere no álcool
Fumar reduz o HDL e danifica os vasos sanguíneos. Já o álcool, em excesso, pode aumentar o colesterol e os triglicerídeos. Cortar esses hábitos é um presente para sua saúde.
4. Quando o remédio entra em cena
Nos casos genéticos ou mais severos, mudanças no estilo de vida podem não bastar. Nesses casos, o uso de medicamentos como as estatinas é essencial para manter os níveis de colesterol saudável e prevenir complicações.
Atenção e ação: o segredo está na prevenção
Manter o colesterol sob controle é mais do que uma escolha: é um compromisso com a vida. Mesmo quem tem predisposição genética pode levar uma vida longa e saudável, desde que faça o acompanhamento médico e adote hábitos saudáveis. Afinal, quando o assunto é saúde do coração, o melhor remédio ainda é a prevenção.
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