Gengibre em suplementos ajuda no controle de doenças autoimunes
Uma nova perspectiva promissora no tratamento da saúde
Um recente estudo científico vem despertando o interesse da comunidade médica e de indivíduos que sofrem com doenças autoimunes.
A pesquisa, publicada na revista JCI Insight, destaca o potencial dos suplementos de gengibre no controle da inflamação, uma característica comum em diversas dessas enfermidades.
Gengibre em suplementos ajuda no controle de doenças autoimunes
As doenças autoimunes são caracterizadas pelo ataque do sistema imunológico ao próprio organismo, o que desencadeia processos inflamatórios prejudiciais. Nesse contexto, os pesquisadores focaram no papel do gengibre sobre um fenômeno chamado NETose.
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O que é NETose e como o gengibre pode ajudar?
As armadilhas extracelulares de neutrófilos (NET) são estruturas microscópicas que impulsionam a inflamação e coagulação, contribuindo para doenças como lúpus, síndrome antifosfolípide e artrite reumatoide. O fenômeno de formação dessas estruturas é chamado de NETose.
De acordo com o estudo, o consumo de suplementos de gengibre ajudou a tornar os neutrófilos (um tipo de célula do sistema imunológico) mais resistentes à NETose. Isso indicaria um menor impulso ao processo inflamatório presente nessas doenças.
Como foi feita a pesquisa?
Os pesquisadores realizaram um ensaio clínico com voluntários saudáveis que, durante sete dias, ingeriram um suplemento de gengibre. Os resultados mostraram que os compostos presentes no gengibre aumentaram os níveis de uma substância química chamada AMPc dentro do neutrófilo, inibindo assim a NETose.
Quais as implicações destes resultados?
Estas descobertas abrem caminho para discussões estratégicas entre médicos e pacientes sobre a inclusão de suplementos de gengibre no plano de tratamento das doenças autoimunes.
Um dos pesquisadores enfatizou a relevância destes achados: “Não existem muitos suplementos naturais, ou medicamentos prescritos nesse sentido, que sejam conhecidos por combater os neutrófilos hiperativos.
Portanto, acreditamos que o gengibre pode ter uma capacidade real de complementar os programas de tratamento que já estão em andamento”, ressaltou o Professor Jason Knight, da Universidade de Michigan.
Os pesquisadores pretendem, agora, investigar a ação do gengibre em pacientes com doenças autoimunes e inflamatórias onde os neutrófilos são hiperativos. Continuaremos acompanhando os desenvolvimentos desta promissora linha de pesquisa.