O que você precisa saber sobre o glucomanano, também conhecido como “Ozempic natural”
A alcunha vem da função semelhante que ambos cumprem: ajudar a reduzir o apetite. Entenda, no entanto, as diferenças

Se você acompanha tendências de saúde nas redes sociais, provavelmente já viu o nome glucomanano por aí — quase sempre acompanhado de promessas de emagrecimento rápido e, às vezes, até comparado ao famoso remédio, que o levou a ser chamado “Ozempic natural”. Mas o que está por trás desse apelido chamativo?
Antes de tudo, vale entender: o glucomanano não é um medicamento e, apesar da comparação, não tem os mesmos efeitos do Ozempic no organismo. Ainda assim, ganhou a fama de “versão natural” graças a uma característica em comum — a capacidade de aumentar a sensação de saciedade.
O que é o glucomanano?
Trata-se de uma fibra solúvel retirada da raiz da planta asiática Amorphophallus konjac. Quando ingerido com água, o glucomanano se transforma em um gel viscoso dentro do estômago. Esse gel ocupa espaço e retarda o esvaziamento gástrico, o que faz com que a fome demore mais a voltar.
É exatamente esse efeito físico — e não químico — que aproxima o glucomanano do Ozempic, ao menos no imaginário popular. Afinal, o remédio também age promovendo maior saciedade, embora por vias completamente diferentes e com muito mais intensidade.

Por que o chamam de “Ozempic natural”?
A alcunha vem da função semelhante que ambos cumprem: ajudar a reduzir o apetite. Mas a comparação para por aí. O Ozempic, de fato, atua no sistema nervoso central e no metabolismo, sendo indicado principalmente para pessoas com diabetes tipo 2 ou obesidade, com resultados expressivos — em média, mais de 15% de perda de peso corporal.
Já o glucomanano promove saciedade mecânica, preenchendo o estômago temporariamente. Estudos mostram que ele pode contribuir com uma perda de peso discreta, de até 4,5 kg em alguns casos, desde que aliado a alimentação balanceada e prática de exercícios.
Ou seja, os dois compartilham um efeito final semelhante, mas seguem caminhos muito diferentes para chegar lá.
Como consumir com segurança
O glucomanano está disponível no Brasil em cápsulas, pó e até em macarrões de baixa caloria feitos à base da planta konjac. As versões em cápsulas e pó exigem cuidado: como a fibra absorve muita água rapidamente, há risco de engasgo ou obstrução na garganta se ingerida sem a hidratação adequada.
Além disso, o aumento no consumo de fibras deve sempre vir acompanhado de aumento na ingestão de água, para evitar problemas como constipação.
Vale a pena incluir na rotina?
Como coadjuvante, o glucomanano pode ser útil. Para pessoas que buscam controlar melhor a fome ou melhorar o trânsito intestinal, ele pode ser um aliado natural interessante. Mas não se deve esperar efeitos comparáveis aos de um medicamento como o Ozempic.
Mais do que apostar em soluções “milagrosas”, o ideal é encarar o glucomanano como uma ferramenta extra dentro de uma abordagem completa de bem-estar — com alimentação saudável, movimento e acompanhamento profissional.
Estudo descobre que medicamentos como ozempic podem ter efeito antidepressivo
Um estudo com quase 30 mil pacientes descobriu que o uso de medicamentos GLP-1, que incluem Wegovy e Ozempic, pode ter um efeito antidepressivo, sugerindo que esses medicamentos podem um dia ser usados em terapia de saúde mental.
Publicado no American Journal of Geriatric Psychiatry, uma equipe de pesquisa da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, descobriu que pacientes que tomavam GLP-1RAs relataram menos sintomas de depressão do que aqueles que tomavam o medicamento comum para diabetes.
Especialistas acreditam que a eficácia desses medicamentos na redução do risco de depressão está na redução da inflamação, já que as respostas inflamatórias e a imunidade são essenciais no desenvolvimento e início da depressão.