Gordura no fígado: descubra os sintomas e fatores de risco

Sobrepeso, diabetes, má nutrição, perda brusca de peso, gravidez, cirurgias e sedentarismo estão entre os principais fatores de risco

Estima-se que que cerca de 30% da população global possui gordura no fígado, mas não sabe – iStock/Getty Images
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Estima-se que que cerca de 30% da população global possui gordura no fígado, mas não sabe – iStock/Getty Images

A gordura no fígado é uma doença com sintomas discretos, que pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas principalmente após os 50 anos. Estima-se que que cerca de 30% da população global possui esteatose hepática, mas não sabe.

“O problema passa a acontecer quando as células de gordura começam a crescer e aparecem em locais onde não deveriam estar, como é o caso do fígado”, explica o Dr. Ronaldo Andrade, cirurgião especializado em transplante de de órgãos abdominais.

Ainda de acordo com o cirurgião, a gordura no fígado pode ser classificada em três estágios. “Quando menos de 33% das células do fígado estão afetadas, chamamos de grau 1. No caso de 33% a 66%, podemos classificar como grau 2. Por fim, se mais de 66% das células foram atingidas, a doença é de grau 3”, comenta.

Além disso, a condição pode ainda ser classificada em esteatose hepática alcoólica (provocada pelo consumo excessivo de álcool) e não alcoólica.

Fatores de risco

Entre os fatores de risco para o tipo não alcoólico estão sobrepeso, diabetes, má nutrição, perda brusca de peso, gravidez, cirurgias e sedentarismo.

O Ministério da Saúde destaca ainda que fortes evidências indicam que a síndrome metabólica (pressão alta, resistência à insulina, níveis elevados de colesterol e triglicérides) e a obesidade abdominal estão diretamente associadas ao excesso de células gordurosas no fígado.

Contudo, ao contrário do que muitos pensam, pessoas magras também apresentar gordura no fígado, ainda que em um número bem menor de casos.

Sinais e sintomas

Nos quadros leves de gordura no fígado, geralmente não há sintomas, estes são percebidos quando aparecem as complicações da doença.

Os mais comuns nesse caso são: dor na parte superior direita do abdômen, cansaço, fraqueza, perda de apetite, fezes esbranquiçadas e aumento do fígado.

Por ser muitas vezes silenciosa, a doença pode evoluir causar uma inflamação mais grave no fígado. Se não for tratada, com o passar dos anos, aumentam as chances de desenvolver cirrose e insuficiência do órgão.

Embora os sinais sejam discretos no início, em casos avançados, a pessoa pode apresentar:

Hemorragias;
Enjoos, vômitos e tremores;
Dificuldade para dormir
Pele e olhos amarelados (Icterícia);
 Aranhas vasculares (pequenos vasos dilatados na pele em formato de aranha são mais comuns no rosto, tórax, pernas e no branco dos olhos).

Ao aparecer qualquer sintoma, é importante que a pessoa procure um médico para o correto diagnóstico e tratamento.