Hábito pode diminuir risco de demência quase pela metade

Estudo conduzido no Japão busca entender benefícios propiciados por companhia de um amigo canino

Pesquisa lembra a importância de se manter fisicamente ativo e socialmente engajado à medida que envelhecemos, com ou sem a ajuda de um amigo canino – iStock/Getty Images
Créditos: Chalabala/DepositPhotos
Pesquisa lembra a importância de se manter fisicamente ativo e socialmente engajado à medida que envelhecemos, com ou sem a ajuda de um amigo canino – iStock/Getty Images

 Em meio à escalada dos casos de demência em todo o mundo, um estudo publicado pela revista Preventive Medicine Reports traz uma notícia animadora para o combate à doença. Isso porque, segundo resultados da pesquisa, um fator pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver demência em até 40%.

É o que sinaliza um estudo japonês conduzido pelo Instituto Metropolitano de Gerontologia de Tóquio, que analisou cerca de 12 mil moradores locais.

Os resultados do estudo mostram que, ter um amigo de quatro patas, pode ser muito mais do que uma mera companhia agradável. Isso porque, segundo os pesquisadores, tutores de cães acima de 65 anos eram menos propensos a desenvolver demência do que aqueles sem eles.

A explicação para isso é simples: ter um cão aumenta não apenas a atividade física como as interações sociais. Como, por exemplo, quando o tutor leva seu animal de estimação para passear.

Para os especialistas, esses fatores são fundamentais para manter a saúde cerebral e prevenir o declínio cognitivo.

Cães e demência 

O estudo, conduzido ao longo de quatro anos, indicou que ter um cão proporcionava um “efeito supressivo” no desenvolvimento da demência.

“Especificamente os tutores de cães que mantinham um hábito regular de exercícios e não se isolavam socialmente apresentavam um risco menor de demência incapacitante”, escreveram os autores no estudo.

Para eles, algumas das razões incluíam o fato de que os cuidados com os cães incentivavam a atividade física regular e a participação social, mesmo em circunstâncias de restrições às interações. 

Interessantemente, mesmo os donos de cães que não praticavam exercícios regularmente e estavam socialmente isolados ainda tinham um risco menor de desenvolver demência. 

Conclusões do estudo

Da mesma forma que a pesquisa destaca um indicativo promissor quanto à presença dos cães na saúde dos idosos, é importante lembrar que a posse de animais de estimação exige responsabilidade e comprometimento, e deve ser considerada cuidadosamente. 

Portanto, quem possui um cão tem grandes chances de viver de uma forma mais tranquila e saudável.