Hipocondria: como identificar sinais do distúrbio psíquico?
Hipocondria está presente na rotina de aproximadamente 9% dos brasileiros, segundo dados recentes sobre o tema
Geralmente manifestado no início da idade adulta, a hipocondria é um transtorno psíquico que pode se acentuar com o passar dos anos. O agravamento do transtorno faz com que a pessoa se torne obcecada pela própria saúde – o que consequentemente se transfere para e um medo intenso e prolongado quanto ao diagnóstico de uma doença grave, mesmo quando não existem sintomas.
Outro ponto sinalizado por especialistas é que, por conta da hipocondria, sinais que passariam despercebidos como aceleração dos batimentos cardíacos, levam à crença de que podem ser indício de algo mais sério. Daí se explica o fato de hipocondríacos recorrerem à automedicação e consultem ou mudem de médico com frequência.
Considerada uma doença de viés crônico, a hipocondria pode durar anos ou até mesmo a vida inteira. O que torna hipocondríacos monotemáticos em suas conversas e passam horas na internet, pesquisando sobre doenças. Além disso, em casos mais graves, preferem se privar de contato social com receio de adoecer, o que prejudica o relacionamento com família, amigos e no trabalho. A vida financeira também pode ser impactada por causa das inúmeras despesas com a saúde.
Quais são as causas?
Em meio à constante produção de pesquisas sobre o tema, acredita-se que alguns fatores podem estar envolvidos no aparecimento do transtorno:
- falta de conhecimento sobre o próprio corpo a ponto de a pessoa ficar exageradamente apreensiva quando percebe alguma sensação diferente;
- vir de uma família de hipocondríacos;
- ter sofrido alguma doença grave na infância, o que pode levar à preocupação excessiva com a saúde;
- ter depressão, transtorno de ansiedade ou de personalidade.
Diagnóstico e tratamento
A hipocondria pode provocar dores motivadas por fatores psicológicos; ataques de ansiedade ou de pânico, além de comportamento compulsivo, palpitações, formigamento e pensamentos recorrentes.
Já o tratamento é feito com ansiolíticos e antidepressivos. Além disso, o paciente também é encaminhado para sessões de terapia cognitivo-comportamental. Essa técnica ajuda a pessoa a identificar os gatilhos e a mudar sua reação a eles.
Como prevenir o problema?
- procurar ajuda médica se notar que tem problemas com ansiedade;
- reconhecer quando se está sob estresse e como isso afeta o corpo, procurando meios que ajudem a administrá-lo, como meditação ou técnicas de relaxamento;
- seguir à risca o plano de tratamento proposto pelo médico, a fim de evitar recaídas ou piora dos sintomas.
Com informações do site Vida Saudável, do Hospital Albert Einstein.