Homens que se exercitam muito podem ter libido menor, diz estudo
Os homens que se exercitam muito podem ter uma libido menor do que aqueles que praticam atividades físicas de forma mais moderada, segundo um dos primeiros estudos para entender a relação entre exercícios e a vida sexual dos homens.
Foi o que apontou pesquisa realizada pela Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos, publicada no Medicine & Science in Sports & Exercise (Medicina e Ciência em Esportes e Exercícios) em julho deste ano.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas desenvolveram um questionário baseado em pesquisa psicológica anterior sobre o comportamento sexual dos homens que perguntou, por exemplo, com que frequência eles pensavam ou se engajavam no sexo.
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Eles também criaram um questionário separado com questões detalhadas sobre hábitos de atividade física, incluindo a frequência e intensidade que esses homens malhavam semanalmente. Um conjunto final de perguntas bordava questões gerais de saúde e histórico médico.
Em seguida, os pesquisadores divulgaram os questionários on-line entre grupos de treinamento de atletismo, ciclismo e triatlo, departamentos universitários e publicações voltadas para atletas de resistência.
Cerca de 1.100 homens adultos e fisicamente ativos responderam a todas as perguntas. A maioria deles eram atletas experientes que haviam treinado e participado de competições durante anos.
A partir dessas respostas, os cientistas dividiram os homens com base na extensão e intensidade de atividade física: leve, moderada ou extrema.
Eles também categorizaram os homens de acordo com suas respostas sobre suas vidas sexuais, criando grupos com libido relativamente alta, moderada ou baixa.
Finalmente, eles compararam os hábitos de exercício dos indivíduos com seu interesse ou engajamento no sexo.
Os padrões foram claros: homens cujas rotinas de exercício eram leves ou moderadas eram muito mais propensos a relatar maior libido do que os homens que tinham um nível de atividade física prolongado ou intenso.
Logo, fazer exercícios extenuantes “foi associado à menor libido”, disse Anthony Hackney – professor de fisiologia do exercício e nutrição na Universidade da Carolina do Norte que liderou o estudo – ao The New York Times.
“Especialistas em fertilidade muitas vezes perguntam à mulher sobre o quanto ela se exercita. Com base em nossos dados, pensamos que também deveriam fazer essa pergunta aos homens”, afirma Hackney.
Como o estudo foi feito com uma pequena amostra de indivíduos, não é possível afirmar que muito exercício causa redução do desejo sexual. Mas o Dr. Hackney especula que tanto a fadiga física quanto os baixos níveis de testosterona após exercícios extenuantes provavelmente afetam a libido.
Ele e seus colegas esperam, em breve, realizar um acompanhamento direto entre exercício, níveis hormonais e libido, para entender mais sobre essa influência. Além de tentar definir em que ponto o exercício pode começar a baixar a libido masculina.