As 3 idades em que o cérebro envelhece mais rápido, segundo estudo

Estudo revela as fases em que o cérebro envelhece mais rápido e como proteínas específicas estão relacionadas ao processo

Por Caroline Vale em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
12/12/2024 19:15 / Atualizado em 19/12/2024 21:07

O envelhecimento cerebral é um processo natural, mas novas pesquisas revelam momentos-chave em que ele se acelera.

Proteínas envolvidas no envelhecimento do cérebro
Proteínas envolvidas no envelhecimento do cérebro - iStock/Eva-Katalin

Um estudo conduzido pelo Primeiro Hospital Afiliado da Universidade de Zhengzhou, na China, identificou três idades específicas em que o cérebro passa por mudanças mais rápidas: 57, 70 e 78 anos.

Idades que provocam envelhecimento do cérebro

A descoberta está ligada ao aumento de 13 proteínas específicas no organismo, destacando a importância de entender essas fases para preservar a saúde do cérebro.

Os especialistas destacam que essas idades são momentos importantes para adotar cuidados que ajudam a manter o cérebro saudável por mais tempo.

Entre as proteínas analisadas, a Brevican (BCAN) chamou atenção por sua relação com problemas como demência, AVC e dificuldades motoras. Outra proteína relevante, chamada GDF15, também está ligada a doenças associadas ao envelhecimento.

O estudo foi feito com amostras de sangue de mais de cinco mil britânicos com idades entre 45 e 82 anos.

“Estas descobertas contribuem para preencher lacunas de conhecimento essenciais para elucidar os mecanismos moleculares do envelhecimento cerebral, com implicações substanciais para o desenvolvimento futuro de biomarcadores para o envelhecimento cerebral, bem como alvos terapêuticos personalizados para distúrbios cerebrais posteriores relacionados com a idade”, afirmaram os estudiosos.

O que isso significa para o futuro?

Com o envelhecimento global da população, entender essas fases é crucial. Segundo os pesquisadores, em 2050, mais de 1,5 bilhão de pessoas terão mais de 65 anos, o que aumenta a relevância de estudos sobre o envelhecimento do cérebro.

A pesquisa chinesa também contribui para o desenvolvimento de novos biomarcadores, que podem ajudar a prever e tratar doenças neurodegenerativas de forma personalizada.

O estudo chinês se alinha a outras pesquisas que mostram que o envelhecimento não ocorre de forma constante. Por exemplo, cientistas de Stanford identificaram que o corpo humano passa por mudanças significativas aos 44 e 60 anos, reforçando que o envelhecimento é marcado por picos e fases críticas. Esse conhecimento permite adotar medidas preventivas e prolongar a saúde física e mental.

Quer saber mais sobre o envelhecimento? Descubra como o estresse pode acelerar esse processo e veja como proteger sua saúde em todas as fases da vida.