Idosos com esta característica têm menor risco de mortalidade, aponta pesquisa
Estudo revela que idosos com maior resiliência têm menor risco de mortalidade e podem viver mais, enfrentando melhor os desafios
Estudos recentes indicam que a capacidade de adaptação e enfrentamento de desafios, conhecida como resiliência, está diretamente relacionada ao aumento da expectativa de vida em idosos. A pesquisa, publicada no BMJ Mental Health, analisou dados de mais de 10 mil adultos acima de 50 anos e demonstrou que aqueles com maior resiliência têm menos chances de mortalidade, mesmo quando enfrentam doenças crônicas e outros fatores de risco.
Resiliência e longevidade
A pesquisa, parte do Health and Retirement Study (HRS), conduzida nos Estados Unidos, acompanhou os participantes durante 12 anos. Os resultados revelaram que indivíduos com maior pontuação em resiliência apresentaram 53% menos risco de morte em comparação com os menos resilientes. Entre as mulheres, a relação entre resiliência e longevidade foi ainda mais acentuada.
Os participantes foram classificados em quatro categorias, de acordo com seus níveis de resiliência, e as taxas de sobrevivência variaram de 61% para os menos resilientes a 84% para os mais resilientes em um período de dez anos.
- Depressão e temperatura corporal: entenda conexão apontada pela ciência
- Este é o melhor nutriente para o cérebro, segundo Harvard
- SP terá ‘praia’ a 15 minutos da Faria Lima; saiba mais
- Estudo aponta para fator que aumenta em 31% o risco de demência
Importância da resiliência para a saúde mental e física
Os especialistas acreditam que fortalecer a resiliência mental é uma estratégia eficaz para melhorar a qualidade de vida dos idosos. Além de ajudar no enfrentamento de situações de estresse, a resiliência tem efeito protetor contra doenças graves, mesmo quando outros fatores de risco estão presentes. Segundo o estudo, esforços como terapias psicológicas e programas de apoio social podem desempenhar um papel fundamental para prolongar a vida e promover uma vida mais saudável.
Esses resultados reforçam a importância de cuidados com a saúde mental, que pode ser tão relevante quanto a saúde física, especialmente na terceira idade.