‘Impossível que efeito adverso tenha relação com vacina’, diz Butantan

Dados sobre efeito adverso envolvem sigilo, mas Butantan garante segurança do imunizante

Por: Redação

Em uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 10, o diretor do Instituto Butatan, Dimas Covas, afirmou que é “impossível que o evento adverso apresentado pelo voluntário da CoronaVac tenha relação com a vacina” e que a Anvisa teve acesso a essa informação.

Covas disse também que não pode dar detalhes sobre o caso por conta das regras de sigilo, mas reforçou que o que aconteceu com o voluntário não era motivo para interrupção do estudo que está na fase 3 de testes.

“O que não é normal é transformar um fato normal em algo anormal. Isso causa dor, causa insegurança em quem já recebeu a vacina e dificuldade naqueles que querem ser submetidos ao estudo, que estão na fila par receber a vacina”, afirmou o diretor do Instituto Butantan.

Dimas Covas reafirmou que efeito adverso não tem relação com vacina
Créditos: reprodução/Twitter
Dimas Covas reafirmou que efeito adverso não tem relação com vacina

Covas ainda disse que foi avisado sobre a interrupção do estudo por e-mail e 20 minutos depois a decisão da Anvisa já estava sendo noticiada. “Não seria mais justo, mais ético, mais compreensível marcar uma reunião para discutir isso”, questionou?

Membros do governo de São Paulo também reforçaram que o efeito adverso não teve relação com a vacina. “Se vocês pudessem saber de todos os detalhes, saberiam o quão injusto estão sendo essa suspensão”, disse. “Enquanto todos estão correndo e fazendo o possível para que tenhamos a vacina disponível algumas pessoas apostam no contrário”, afirmou João Gabbardo secretário-executivo do comitê de contenção do coronavírus de São Paulo.

Gabbardo, que fez parte do Ministério da Saúde na gestão de Luiz Henrique Mandetta, chamou atenção para o fato de a decisão da Anvisa ter sido anunciada no mesmo dia em que o governo paulista de João Doria (PSDB) anunciou a previsão para o dia 20 de novembro da chegada das 120 mil primeiras doses da CoronaVac ao Brasil.

“Algumas pessoas festejam o fato de ter aparecido um óbito e ter criado uma confusão para tentar desmoralizar uma vacina que está sendo fabricada e produzida pelo Butantan e pelo laboratório da China. É uma injustiça por ser um evento absolutamente desconectado da vacina”, disse.

Retomada dos testes

Covas ainda fez um apelo para que os voluntários não desistam de se candidatar aos testes e afirmou que a CoronaVac é uma das vacinas mais seguras do mundo. “Continuem fieis na vontade de ajudar o país. A presença de vocês neste estudo é fundamental para que possamos concluir esse estudo”.