Infecção na garganta termina com menino incapaz de andar

Segundo a família, a infecção causou várias recaídas em seis anos

Uma doença que começou com infecção na garganta deixou um menino incapaz de andar por anos. Luke Bates, então com oito anos, foi diagnosticado com faringite estreptocócica em abril de 2016, quando sua família notou que ele estava com febre e erupção cutânea.

Mais tarde, veio o diagnóstico de escarlatina. A condição é causada pela bactéria Strep A, que vem causando surto no Reino Unido.

Infecção na garganta foi causada pela bactéria Strep A
Créditos: reprodução/SWNS
Infecção na garganta foi causada pela bactéria Strep A

O menino sofreu efeitos prolongados da infecção, resultando em uma série de outras doenças. Ele teve começou a apresentar tiques e alucinações e, pouco tempo depois, não conseguia mais andar.

Em abril de 2017, os médicos disseram aos pais do menino que Luke sofria de síndrome de fadiga crônica (SFC). Esta é uma condição neurológica de longo prazo que afeta os sistemas nervoso e imunológico – para a qual não há cura.

Segundo a mãe dele, Susan Bates, durante esses seis anos, ele permaneceu muito doente para ir a qualquer lugar e ela temia encontrá-lo sem vida todas as manhãs.

A infecção provocou efeitos prolongados em sua saúde
Créditos: reprodução/SWNS
A infecção provocou efeitos prolongados em sua saúde

Mas, em fevereiro de 2020, os médicos descobriram que Luke realmente tinha distúrbios neuropsiquiátricos autoimunes pediátricos associados ao estreptococo (PANDAS) após três operações para remover amigdalite.

Nesse distúrbio, o sistema imunológico ataca o cérebro. Ele pode ocorrer quando o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de tique ou ambos aparecem repentinamente após uma infecção estreptocócica, como faringite estreptocócica ou a escarlatina.

Os médicos também descobriram nessa época que a infecção ainda estava em sua garganta. Ele, então, iniciou uma nova etapa de tratamento com antibióticos e, gradualmente, nos últimos dois anos, ele conseguiu recuperar suas forças.

Hoje, com 15 anos, Luke deixou de tomar antibióticos, está com o distúrbios neuropsiquiátricos autoimunes pediátricos em remissão e pôde finalmente voltar a frequentar a escola.