Isis Valverde faz alerta sobre doença que descobriu aos 19 anos
A atriz Isis Valverde publicou um vídeo falando abertamente sobre sua doença autoimune e de como lida com ela
Isis Valverde, conhecida por suas atuações marcantes na televisão brasileira, voltou a falar sobre as consequências do diagnóstico de uma doença.
Em um vídeo nas redes sociais, a atriz, de 37 anos, detalhou como lida com a condição autoimune e buscou orientar seus seguidores que passam pela mesma situação.
Qual é a doença de Isis Valverde?
Isis Valverde descobriu, aos 19 anos, que tem doença celíaca. A época, então, ficou marcada por sintomas desconcertantes e uma série de diagnósticos equivocados: “Imagina, você com 19 anos ficando magra sem saber o motivo?”, começou a atriz.
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Os sintomas que levaram Isis a buscar ajuda médica variaram entre perda de cabelo e unhas quebradiças até uma debilitante falta de energia.
Esses sinais alarmantes, segundo Isis, ocorreram no meio das gravações da novela “Sinhá Moça”, em 2006. Em dado momento, a atriz chegou a ser internada em um hospital depois de passar muito mal, sem saber a causa do problema.
“Você se sente muito mal no início, porque passa mal por coisas que comeu e não sabe. Já aconteceu de eu não ir para o set porque passei muito mal, de ir para o hospital e ficar internada mesmo”, explicou.
Então, para Isis entender o que acontecia com seu corpo, ela acabou passando por um labirinto de diagnósticos incorretos, desde anemia e depressão até anorexia.
“Eu fui em vários médicos, tive vários diagnósticos, deu problema de absorção de ferro, disseram que eu estava anêmica, depressiva, anoréxica… Eu fiquei muito deprimida”, continuou.
Como a atriz descobriu a doença?
A reviravolta veio através de uma dermatologista, que identificou a alergia alimentar de Isis como a raiz de seus problemas e diagnosticou a atriz com doença celíaca.
“Eu não conseguia ganhar músculos, não tinha energia para nada, eu me sentia muito prostrada (…). Comecei a perder cabelo, minha unha quebrava, minha pele ficou muito seca. Quem descobriu foi uma dermatologista”, relembrou a atriz.
Por conta da intolerância, a artista descobriu que não pode comer alimentos com glúten.
“E aí, gente, minha vida melhorou. Voltei a ter vontade de treinar, a ter disposição. Sofri, foi muito barra pesada no início. Doença celíaca não era uma coisa muito comum, então você não tinha muitas opções sem glúten. Comer pão era desesperador. Hoje, tem várias opções no mercado”, comentou.
O que é doença celíaca?
A doença celíaca é um distúrbio autoimune crônico que afeta o intestino delgado, desencadeado pela ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, cevada, centeio e seus derivados.
Quando uma pessoa com doença celíaca consome glúten, seu sistema imunológico reage de forma anormal, atacando as vilosidades do intestino delgado.
Essas vilosidades são pequenas projeções em forma de dedo que revestem o intestino delgado e são essenciais para a absorção de nutrientes.
Afinal, quais são os sintomas da doença celíaca?
- Problemas gastrointestinais: inchaço abdominal, dor abdominal, gases, diarreia ou constipação.
- Fadiga: a falta de absorção adequada de nutrientes pode levar à fadiga persistente e fraqueza.
- Perda de peso: devido à má absorção de nutrientes essenciais.
- Anemia: pela deficiência de ferro ou outras vitaminas e minerais.
- Dermatite herpetiforme: uma erupção cutânea pruriginosa, muitas vezes nos cotovelos, joelhos, costas ou nádegas, relacionada à doença celíaca.
É importante destacar que algumas pessoas com doença celíaca podem não apresentar sintomas evidentes, sendo diagnosticadas apenas por meio de exames médicos de rotina ou devido a complicações relacionadas à doença.
Diagnóstico e tratamento da condição
O diagnóstico da doença celíaca geralmente envolve exames de sangue para verificar os níveis de certos anticorpos associados à doença, seguidos por uma biópsia do intestino delgado para confirmar o diagnóstico.
O tratamento da doença celíaca é baseado em uma dieta livre de glúten. Isso significa evitar alimentos que contenham trigo, cevada, centeio e, em alguns casos, aveia não certificada como livre de contaminação por glúten. Uma vez que o glúten é eliminado da dieta, a inflamação no intestino delgado geralmente diminui e os sintomas melhoram.
Por fim, a adesão estrita à dieta livre de glúten é essencial para controlar a doença e prevenir complicações a longo prazo. Além disso, pode ser necessário suplementar a dieta com vitaminas e minerais para compensar deficiências nutricionais.