Jantar tarde pode elevar risco de AVC em até 28%

Estudo revela que jantar após as 21h pode elevar risco de AVC em 28%, principalmente entre mulheres. Entenda por que o horário da refeição importa

28/06/2025 05:00

Comer após as 21h afeta vasos cerebrais e pode aumentar chance de coágulos.
Comer após as 21h afeta vasos cerebrais e pode aumentar chance de coágulos. - MediaProduction/istock

Um estudo conduzido na França com mais de 100 mil pessoas ao longo de sete anos revelou que jantar após as 21h pode aumentar em até 28% o risco de sofrer um AVC ou um miniAVC, especialmente entre as mulheres. Os pesquisadores analisaram os hábitos alimentares dos participantes, registrando os horários das refeições durante a semana e nos finais de semana.

Os dados mostraram que cerca de um terço dos voluntários fazia a última refeição antes das 20h, enquanto outro terço jantava depois das 21h. Durante o período analisado, foram registrados cerca de 2 mil casos de doenças cardiovasculares.

Mulheres são mais afetadas pelo risco de AVC noturno

Os cientistas observaram uma forte correlação entre o jantar tardio e o aumento de casos de AVC isquêmico transitório — também conhecido como miniAVC. O risco não se estendeu a outras doenças cardíacas, como infarto ou artérias entupidas. O problema parece estar relacionado principalmente a eventos cerebrovasculares.

Estudos em animais reforçam essa hipótese: refeições tardias foram associadas ao aumento da pressão arterial e da glicose, dois fatores que comprometem a integridade dos vasos sanguíneos cerebrais. Jantar no momento em que a pressão naturalmente cai pode, com o tempo, favorecer a formação de coágulos, aumentando o risco de AVC.

Apesar das evidências, os especialistas defendem a realização de novos estudos para confirmar esses achados e entender melhor os mecanismos por trás da relação entre horário do jantar e saúde neurológica.

 

Relação entre enxaqueca e AVC alerta especialistas

Estudos recentes revelam um possível elo entre enxaqueca com aura e maior risco de AVC. Médicos estão em alerta diante das evidências crescentes, que sugerem atenção redobrada aos sintomas neurológicos. A descoberta reforça a importância do diagnóstico precoce e acompanhamento clínico especializado para prevenção de complicações graves. Clique aqui para saber mais.