Jejum intermitente promete combate à diabetes e Alzheimer

Aprenda mais sobre essa prática nas pesquisas recentes e saiba quem pode incorporá-la em seu estilo de vida

Há alguns anos, o jejum intermitente virou foco de inúmeras pesquisas por ser uma prática que parece trazer diversos benefícios para a saúde.

Recentemente, um estudo australiano sugere que a prática pode auxiliar na prevenção do diabetes tipo 2 e até mesmo no Alzheimer. Para entender melhor como funciona e quem pode seguir este regime alimentar, continue a leitura.

Os pesquisadores australianos, acompanharam 209 voluntários inseridos em um plano de jejum intermitente, onde comiam apenas das 8h às 12h, e ficavam o restante do dia em jejum.

Após o estudo, foi constatado que a prática melhorava significativamente a tolerância à glicose, comparada a quem seguia uma dieta de baixa caloria.

Jejum intermitente promete combate à diabetes e Alzheimer
Créditos: iSTock
Jejum intermitente promete combate à diabetes e Alzheimer

Como o jejum intermitente reduz o risco de diabetes?

Os resultados da pesquisa apresentaram que os participantes sensíveis à insulina diminuíram, apresentando maior tolerância à glicose, redução dos lipídios do sangue, e consequentemente reduzindo o risco de desenvolver o diabetes tipo 2.

Além disso, a pesquisadora Leonie Heilbronn, uma das responsáveis pelo estudo, destacou que ainda serão necessários mais estudos para compreender se o jejum deve ser feito com uma janela alimentar mais longa para que seja sustentável a longo prazo.

Qual o impacto do jejum intermitente no Alzheimer?

O jejum intermitente também tem demonstrado impactos positivos em doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Em estudos realizados em ratos, os que seguiram uma dieta baseada em jejum, demonstraram melhorias na função da memória.

Há também indícios que as proteínas amiloides, associadas ao Alzheimer, apresentam dificuldade de se acumular nos cérebros dos animais que seguem esse regime alimentar.

Desplats, neurocientista da UC San Diego, afirmou que se os mesmos resultados forem encontrados em testes em humanos, o jejum intermitente poderá ser uma estratégia promissora no combate à doença.

Existe um horário ideal para o jejum intermitente?

Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Chicago, a janela de alimentação tem impacto na saúde. Comer durante o dia contribuiria para a perda de peso e melhora a sensibilidade à insulina, enquanto janelas alimentares à noite não trariam benefícios.

O que está por trás dessa explicação é o nosso ciclo circadiano, nosso ‘relógio biológico’ que regula várias funções do nosso organismo.

O jejum intermitente é para todos?

Alguns profissionais defendem que o jejum deveria ser feito de acordo com a individualidade de cada um, considerando seu estilo de vida e suas necessidades.

Esse tipo de regime alimentar deve ser acompanhado por um profissional da saúde, já que pode haver efeitos adversos como dores de cabeça, tontura e dificuldade de concentração para algumas pessoas.

Grupos específicos, como crianças, mulheres amamentando e idosos, devem receber atenção especial e, em alguns casos, não devem seguir o jejum intermitente.

No final das contas, independentemente do tipo de dieta que se escolhe seguir, o mais importante é fazer escolhas saudáveis, ricas nutricionalmente, associadas a um estilo de vida ativo e saudável.