Leguminosa poderosa: aliada contra inflamação e doenças cardíacas

Estudo da Sociedade Americana de Nutrição mostra que o consumo regular ajuda a proteger o coração e prevenir diabetes

30/06/2025 04:04

Os pesquisadores recomendam que o feijão seja incorporado regularmente nas refeições, substituindo alimentos ultraprocessados e pobres em nutrientes
Os pesquisadores recomendam que o feijão seja incorporado regularmente nas refeições, substituindo alimentos ultraprocessados e pobres em nutrientes - iStock/ Odu Mazza

Presente na rotina alimentar de muitos brasileiros, o feijão vai além de um simples acompanhamento e se destaca como um importante aliado da saúde. Uma recente pesquisa apresentada no congresso Nutrition 2025, na Flórida (EUA), revela que o consumo diário dessa leguminosa pode ajudar a prevenir doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, agindo diretamente na saúde cardiovascular e no metabolismo.

Pesquisa destaca efeitos benéficos do feijão preto e grão-de-bico

O estudo, conduzido pela Sociedade Americana de Nutrição, acompanhou 72 voluntários com pré-diabetes durante 12 semanas. Eles foram divididos em três grupos, onde cada um incluía diariamente uma xícara de feijão preto, grão-de-bico ou arroz em suas refeições.

O grupo que consumiu feijão preto apresentou uma queda significativa nos níveis de inflamação, medida pelo marcador citocina pró-inflamatória, que diminuiu de 2,57 pg/mL para 1,88 pg/mL. Isso evidencia o efeito anti-inflamatório do feijão, contribuindo para a proteção contra doenças crônicas.

Quem consumiu grão-de-bico também teve benefícios: o colesterol total caiu de 200,4 mg/dL para 185,8 mg/dL, reforçando o papel das leguminosas na saúde do coração.

O estudo, conduzido pela Sociedade Americana de Nutrição, acompanhou 72 voluntários com pré-diabetes durante 12 semanas
O estudo, conduzido pela Sociedade Americana de Nutrição, acompanhou 72 voluntários com pré-diabetes durante 12 semanas - iStock/ Osvaldo Hernandez

Como incluir o feijão na dieta para aproveitar seus benefícios

Os pesquisadores recomendam que o feijão seja incorporado regularmente nas refeições, substituindo alimentos ultraprocessados e pobres em nutrientes. Ele pode ser consumido em saladas, sopas ou combinado com outros grãos.

É importante, porém, cuidar da preparação, evitando o uso excessivo de sal, açúcar ou conservantes, e preferir versões caseiras ao invés das industrializadas.

“Essa é uma mudança simples, acessível e econômica que pode gerar grandes impactos na prevenção de doenças crônicas e promoção da saúde”, destaca Morganne Smith, autora do estudo.

Além de ser rico em proteínas, fibras, ferro e antioxidantes, o feijão também ajuda a manter o intestino saudável, promove saciedade e regula os níveis de glicose no sangue — fatores fundamentais para uma vida mais saudável e longeva.