Literatura de verão: Livros para mergulhar em uma boa história
Ler é viajar na história do outro. Se aconchegue em algum canto, escolha um livro e bon voyage!
Com menos de um mês para acabar o verão vai deixar saudades, histórias e amores. Mas, para a tristeza não tomar conta desse final de estação, separamos alguns livros emocionantes, sensíveis e de histórias reais que podem embalar os dias acalorados e chuvosos de final de verão.
São temas para todos os gostos: poesia, passando por relatos emocionantes e reais e também pela boa e velha ficção.
Mergulhe nas histórias e boa leitura!
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O Verão e a Cidade – Candace Bushnell
Carrie acaba de entrar em um curso de redação e está começando a dar os primeiros passos na carreira de escritora. Ao seu redor, há uma infinidade de vizinhos malucos, lojas e festas fantásticas, além de um certo cara maravilhoso que resolveu surgir em seu caminho. Mas deixar de ser uma garota do interior fica ainda mais complicado quando é preciso conciliar os problemas do passado e as promessas do futuro.
Paulo Leminski foi corajoso o bastante para se equilibrar entre duas enormes construções que rivalizavam na década de 1970, quando publicava seus primeiros versos: a poesia concreta, de feição mais erudita e superinformada, e a lírica que florescia entre os jovens de vinte e poucos anos da chamada ‘geração mimeógrafo’. Ao conciliar a rigidez da construção formal e o mais genuíno coloquialismo, o autor praticou ao longo de sua vida um jogo de gato e rato com leitores e críticos. Se por um lado tinha pleno conhecimento do que se produzira de melhor na poesia – do Ocidente e do Oriente -, por outro parecia comprazer–se em mostrar um ‘à vontade’ que não raro beirava o improviso, dando um nó na cabeça dos mais conservadores.
Pura artimanha de um poeta consciente e dotado das melhores ferramentas para escrever versos. Entre sua estreia na poesia, em 1976, e sua morte, em 1989, a poucos meses de completar 45 anos, Leminski iria ocupar uma zona fronteiriça única na poesia contemporânea brasileira, pela qual transitariam, de forma legítima ou como contrabando, o erudito e o pop, o ultraconcentrado e a matéria mais prosaica. Não à toa, um dos títulos mais felizes de sua bibliografia é Caprichos & relaxos: uma fórmula e um programa poético encapsulados com maestria. Este volume percorre, pela primeira vez, a trajetória poética completa do autor curitibano, mestre do verso lapidar e da astúcia. Livros hoje clássicos como Distraídos venceremos e La vie en close, além de raridades como Quarenta clics em Curitiba e versos já fora de catálogo estão agora novamente à disposição dos leitores, com inédito apuro editorial.
Crescida numa família modesta de Nova Jersey, Patti trabalhou em uma fábrica e entregou seu primeiro filho para adoção, antes de se mandar para Nova York, com vinte anos, um livro de Rimbaud na mala e nada no bolso. Era o final dos anos 1960, e Patti teve de se virar como pôde: morou nas ruas de Manhattan, dividiu comida com um mendigo, trabalhou e dormiu em livrarias e até roubou os colegas de trabalho, enquanto conhecia boa parte dos aspirantes a artistas que partilhavam a atmosfera contestadora do famoso “verão do amor”. Foi então que conheceu o rapaz de cachos bastos que seria sua primeira grande paixão: o futuro fotógrafo Robert Mapplethorpe, para quem Patti prometeu escrever este livro, antes que ele morresse de AIDS, em 1989.
“Só garotos” é uma autobiografia cativante e nada convencional. Tendo como pano de fundo a história de amor entre Patti e Mapplethorpe, o livro é também um retrato apaixonado, lírico e confessional da contracultura americana dos anos 1970, desfiado por uma de suas maiores expoentes viva.
Muitas vezes sem dinheiro e sem emprego, mas com disposição e talento de sobra, os dois viveram intensamente períodos de grandes transformações e revelações — até mesmo quando Robert assume ser gay ou quando suas imagens ousadas e polêmicas começam a ser reconhecidas e aclamadas pelo mundo da arte. Ao refazer os laços sinceros de uma relação muito peculiar, Patti Smith revela-se uma escritora e memorialista de grande calibre — e o modo como seu texto reflete a lealdade dos dois é comovente, apesar de todas as diferenças.
Frances Mayes, exímia narradora de viagens e amante da gastronomia, nos apresenta o incrível mundo que descobriu quando comprou e reformou uma casa de campo abandonada no interior da Toscana. Com uma linguagem sensual e evocativa, ela faz com que o leitor a acompanhe à medida que vai descobrindo a beleza e a simplicidade da vida na Itália. Seguindo a tradição de turistas famosos em visita à Toscana, ela refaz passeios de D.H. Lawrence e Henry James, e consulta o poeta Virgílio. Tão talentosa na cozinha quanto ao escrever sobre vinhos e culinária, Mayes também cria dezenas de deliciosas receitas sazonais, todas elas incluídas no livro.
Ao fazer pela Toscana o que M.F.K. Fischer e Peter Mayle fizeram pela Provence, Mayes fala das singularidades e prazeres de um país estrangeiro com entusiasmo e paixão. Uma enaltação da extraordinária qualidade de vida da região, Sob o sol da Toscana é um banquete para todos os sentidos, e como tal foi consagrado nas listas de mais vendidos de todo o mundo e adaptado com enorme sucesso para o cinema.
O sucesso de vendas de Nelson Motta que inspirou o filme ‘Tim Maia’ – Não há nada igual, agora com nova capa ‘Mais grave! Mais agudo! Mais eco! Mais retorno! Mais tudo!’. O grito de guerra ainda ecoa nas festas, vivo nas canções de Tim Maia. Transgressor, amoroso e debochado, o cantor que gostava de se definir como “preto, gordo e cafajeste” se consagrou como um dos artistas mais queridos e respeitados da música brasileira, rei do samba-soul. Sem censura, restrições ou julgamentos, a história de Tim Maia é resgatada em ‘Vale Tudo’ – O som e a fúria de Tim Maia, por um de seus amigos mais próximos, o jornalista, compositor e produtor musical Nelson Motta, que narra com paixão e irreverência a vida eletrizante do cantor.
A biografia é uma viagem pela vida do cantor, a começar pela infância e juventude, no bairro carioca da Tijuca. É o próprio Tim quem dá o tom bem-humorado da narrativa: ‘No dia 28 de setembro de 1942, na rua Afonso Pena 24, minha mãe, Maria Imaculada, concebeu o gordinho mais simpático da Tijuca. E recebi o nome de Sebastião Rodrigues Maia’. Nelson conta que a amizade com Tim começou em 1969, quando produziu para o disco de Elis Regina o dueto que apresentou ao mundo o vozeirão do cantor. Por isso, é testemunha de histórias incríveis, como as aventuras vividas nos Estados Unidos. A viagem não terminou bem: Tim voltou ao Brasil deportado, acusado de roubar um carro e de portar substâncias ilegais. Como produtor musical e amigo, Nelson acompanhou essa jornada até os últimos dias da vida do cantor. No livro, ele narra um último encontro em Nova York, poucos meses antes da morte de Tim, em 1997.
Primeiro lugar na lista do The New York Times Entre os talentos de Oprah Winfrey está sua capacidade de compreender a natureza humana como poucos e, ao mesmo tempo, colocar essa sabedoria em palavras. Desde que foi questionada sobre as coisas de que tinha certeza na vida, ela passou a escrever uma coluna mensal em sua revista com reflexões sobre relacionamentos amorosos, família, autoestima, medos, fracassos e superação. Neste livro, você irá encontrar uma seleção, feita pela própria autora, das melhores crônicas lançadas ao longo dos 14 anos de existência da coluna. Em textos curtos, Oprah oferece mensagens profundas que vão ajudá-lo a fazer as pazes com seu corpo, a construir relacionamentos mais harmoniosos e a mudar sua maneira de encarar os problemas. Ao fim da leitura, você se sentirá inspirado a se tornar uma pessoa melhor e extrair o máximo do que a vida tem a oferecer. “O que eu sei de verdade é: sua jornada começa com a decisão de se levantar, sair e viver plenamente.” – Oprah Winfrey
O público brasileiro acostumou-se a ver Fernanda Torres no cinema, no teatro ou na televisão. Em filmes premiados, novelas ou séries globais, ela se firmou como uma das mais versáteis atrizes brasileiras, capaz de atuar num arco dramático que vai da comédia escrachada ao denso drama psicológico. Em anos recentes, Fernanda começou a atuar na imprensa, em colunas no jornal Folha de S.Paulo, na Veja Rio e em colaborações para a revista piauí. Com Fim, seu primeiro romance, ela consolida sua transição para o universo das letras e mostra que nesse âmbito é uma artista tão completa quanto no palco ou diante das câmeras. O livro focaliza a história de um grupo de cinco amigos cariocas. Eles rememoram as passagens marcantes de suas vidas: festas, casamentos, separações, manias, inibições, arrependimentos. Álvaro vive sozinho, passa o tempo de médico em médico e não suporta a ex-mulher. Sílvio é um junkie que não larga os excessos de droga e sexo nem na velhice. Ribeiro é um rato de praia atlético que ganhou sobrevida sexual com o Viagra. Neto é o careta da turma, marido fiel até os últimos dias. E Ciro, o Don Juan invejado por todos — mas o primeiro a morrer, abatido por um câncer. São figuras muito diferentes, mas que partilham não apenas o fato de estar no extremo da vida, como também a limitação de horizontes.