O que leva uma pessoa a ter lúpus? Estudo revela possível causa

Estudo revela possível causa da doença autoimune, oferecendo novas esperanças de tratamento e cura

Cientistas sugerem novo tratamento para lúpus; veja possível causa da doença apontada em estudo
Créditos: iStock/Hailshadow
Cientistas sugerem novo tratamento para lúpus; veja possível causa da doença apontada em estudo

O lúpus é uma doença inflamatória autoimune que pode afetar diversos órgãos e tecidos do corpo.

Embora suas causas ainda sejam desconhecidas, novas pesquisas apontam para possíveis origens da doença.

Qual foi a descoberta recente sobre o lúpus?

Um estudo recente, publicado na revista científica Nature, revelou uma possível causa do lúpus: um defeito molecular no sangue dos pacientes.

Pesquisadores da Northwestern Medicine e do Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos, identificaram mudanças em várias moléculas sanguíneas dos pacientes com lúpus.

Essas alterações levam à ativação insuficiente de uma via controlada pelo receptor que regula a resposta das células a poluentes ambientais, bacterianos ou metabólicos.

Como esse defeito molecular afeta o organismo?

O defeito identificado resulta na formação das células imunes chamadas “células T auxiliares periféricas”.

Essas células promovem a produção de autoanticorpos, que se ligam às células saudáveis em vez de atacar vírus e bactérias, contribuindo para o desenvolvimento do lúpus e outras doenças autoimunes.

Afinal, existe cura para o lúpus? Cientistas fazem uma descoberta

Para combater esse defeito, os pesquisadores testaram a inserção de moléculas ativadoras de AHR em amostras de sangue de pacientes com lúpus.

Esse procedimento, então, transformou as células T auxiliares periféricas em células Th22, que ajudam na cicatrização de feridas causadas pela doença. Se esse efeito se mantiver, ele pode representar uma potencial cura para o lúpus.

Segundo Jaehyuk Choi, coautor do estudo, ao identificar uma causa específica para o lúpus, eles abriram caminho para uma cura que não apresenta os efeitos colaterais das terapias atuais.

Os pesquisadores planejam continuar seus estudos para desenvolver novos tratamentos e, por fim, tornar essas moléculas acessíveis de maneira segura e eficaz para os pacientes com lúpus.