Maconha sintética vira motivo de preocupação nos EUA; internações chegam a 1500 em abril

Modificado por substâncias químicas, produto sintético é mais potente e pode causar efeitos adversos como ansiedade, paranoia, taquicardia e até overdose

Desde que surgiu em 2008 nos Estados Unidos, a maconha sintética logo pôde ser comprada em lojas de conveniência, estabelecimentos voltados à cultura canábica e até mesmo na internet. Sete anos depois, em 2015, o que se vê é um aumento substancial do número de internações causadas pela já controversa maconha sintética.

Mais potente que a erva plantada sem adição de produtos químicos, a versão sintética pode causar vômitos, convulsões, alucinações, aumento da pressão, perda consciência e até mesmo a morte. No Mississipi, foram registrados dois óbitos em decorrência de overdose. Outra também em Virginia. Enquanto no estado do Alabama, mais de cem pessoas deram entrada em clínicas, bem como em Nebraska, que também registrou mais de cem casos de overdose.

Apesar do aviso de restrição nas embalagens, número de internações chegou a 1500 em abril nos EUA

Em Nova Jersey e Nova York houveram centenas de atendimentos ligados à maconha sintética apenas em abril. Em todo país, apenas em pouco mais de um mês, foram registrados mais de 1500 casos de atendimento médico associado ao uso do produto.

A justificativa para o aumento de ocorrências médicas pode estar no composto chamado MAB-Chminaca, detectado em testes com amostras de maconha sintética confiscadas pela polícia em diversas regiões do país. Apesar disso, ainda não foi proibido pelas autoridades legais. 

Imprópria para consumo? 

Mais fácil de ser comprado, produto se tornou popular por parecer inofensivo e suas substâncias não são detectadas em testes de drogas. Vendida a US$ 30, as embalagens com 3g tem valor semelhante ao da maconha natural. Para evitar regulação das autoridades, avisos de restrição são facilmente encontrados nas embalagens “impróprio para consumo”.

Com informações do jornal Folha de S. Paulo