Mãe descobre câncer da filha após notar detalhe incomum em foto
Danielle Prior se preocupou com o que viu nas fotos e marcou uma consulta de emergência para sua filha de 11 meses
Depois de tirar uma foto de sua filha no celular, Danielle Prior acabou descobrindo que a pequena Evie, na ocasião com apenas 11 meses, tinha retinoblastoma não genético, um câncer raro de retina.
Tudo começou com uma foto de Evie em janeiro, quando a mãe reparou em um “anel branco brilhante” dentro do olho direito da menina. A princípio, a mulher, que vive em Surrey, na Inglaterra, imaginou que aquilo era o brilho do flash. Porém, o círculo brilhante continuou aparecendo em outras fotos.
Diagnóstico de câncer
Preocupada com o detalhe incomum, Danielle buscou respostas no Google e ficou apavorada com a possibilidade da luz branca ser um sinal de alerta para câncer. Então, ela marcou uma consulta de emergência para o mesmo dia.
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“Mostrei as fotos aos médicos e eles fizeram um teste de reflexo vermelho, onde iluminam o olho e um olho normal reflete o vermelho. O olho de Evie refletiu em branco e agora sei que o brilho branco é o tumor refletindo em você”, relatou a mulher ao The Sun.
A mãe contou que os médicos também suspeitaram de catarata. Porém, dias depois, uma ultrassonografia revelou um tumor em massa e depósitos de cálcio na retina de Evie. Na consulta seguinte, então, o diagnóstico de Retinoblastoma Unilateral grau D acabou sendo confirmado.
“Chorei por dias e não conseguia dormir, mas é claro que Evie era a mesma — forte, feliz e resiliente. Disseram-me que Evie não conseguia enxergar com o olho direito, mas ela não estava esbarrando nas coisas e atingiu todos os seus marcos de desenvolvimento”, afirmou.
A vida depois do diagnóstico
Após descobrir a doença, Evie fez Quimioterapia Intra Arterial três vezes – entre fevereiro e março. Neste tratamento, a quimioterapia é administrada diretamente na artéria oftálmica — uma artéria na cabeça.
Até que, em abril, após o terceiro tratamento, os resultados mostraram que o tumor estava estável, tinha diminuído e não apresentava atividade.
No entanto, em 4 de maio, Danielle recebeu a péssima notícia de que o tumor de Evie estava ativo e havia crescido. Além disso, havia dois novos tumores em um local diferente em seu olho.
“A notícia me atingiu com força. É devastador. Nossa primeira opção é tentar mais três cursos de quimioterapia intra-arterial, mas com uma dosagem mais alta de ambas as drogas quimioterápicas no olho. Se não houver progresso, não temos escolha a não ser remover o olho direito”, disse a mãe.
Desde o diagnóstico, Danielle precisou deixar o emprego para cuidar da filha. Agora, a esperança é que as novas rodadas do tratamento eliminem o tumor por completo.
“Nossa vida não é mais a mesma. Estamos constantemente em hospitais e Evie é colocada para dormir pelo menos duas vezes por mês. Estou lutando financeiramente, mas estou tentando tornar a vida o melhor que posso e garantir que ela não perca nada. Fui encaminhada a um conselheiro porque sempre me preocupo se algo está errado e se ela sobreviverá. Isso me custou muito, mas minha mãe está comigo na maioria dos dias e meus amigos me apoiam”, disse.
Conscientização nas redes sociais
Se o diagnóstico tivesse demorado mais, a menina poderia ter perdido o olho. Agora, a mãe se dedica em compartilhar a história para aumentar a conscientização.
“Estou feliz por ter ouvido meu instinto porque aquela foto levou ao diagnóstico de um tumor de 11 mm e, se eu não a tivesse tirado, ela teria que remover o olho. (…) Tivemos meses de uma montanha-russa emocional e ainda não acabou, mas se eu puder impedir que isso aconteça com apenas mais uma família, preciso falar”, afirmou Danielle.
A mulher usa o Instagram para se conectar com outras famílias e para ajudar com informações sobre retinoblastoma.
O maior medo de Danielle é Evie perder o olho, mas ela mantém as esperanças na funcionalidade do tratamento. “Se o câncer de Evie escapar do nervo óptico, não teremos escolha a não ser removê-lo. No momento, está contido no olho. As histórias de outras famílias me fizeram sentir menos sozinha. Além disso, eles me deram esperança. Quem sabe onde estaremos daqui a 20 anos? Pode haver transplantes de olhos disponíveis se o paciente tiver um nervo óptico”, comentou.
“Como uma foto pode levar a um diagnóstico tão doloroso? Quero ajudar outros pais também, para que saibam que não estão sozinhos — e procurar o que parece ser uma coisa inocente nas fotos, o que não é”, completou a mãe.