Mãe e a filha são diagnosticadas com o mesmo tipo de câncer

Aprenda como lidar com o diagnóstico e a importância do tratamento precoce para uma maior chance de cura

07/10/2023 12:00

Para muitos, um diagnóstico de câncer é sentido como uma sentença de morte. Esse era o pensamento da operadora de telemarketing brasiliense Elisabete Moreira, de 47 anos.

Em 2022, um ano após sua mãe ser diagnosticada com a mesma doença, Elisabete foi diagnosticada com um tumor na mama esquerda. Hoje, ela utiliza sua experiência como meio de motivação e superação.

Após sua mãe, Eliete Moreira, 68 anos, receber o diagnóstico, Elisabete resolveu cuidar de sua saúde com mais atenção.

A descoberta veio após perceber dois caroços na mama, acompanhados de fisgadas e ardência na região. Por conta de ter acompanhado de perto a doença da mãe, ela procurou ajuda médica rapidamente.

Mãe e a filha são diagnosticadas com o mesmo tipo de câncer
Mãe e a filha são diagnosticadas com o mesmo tipo de câncer - Arquivo pessoal

Como lidar com um diagnóstico de câncer?

“A notícia me tirou do chão. Tive muito medo quando descobri que era um tumor agressivo, mas os médicos me tranquilizaram afirmando que minha chance de cura era de 95% pois estava em fase inicial”, relata Elisabete.

O pânico inicial foi contornado pela determinação de Elisabete em vencer a doença, apoiada por sua fé e sua rede de apoio. Mesmo assim, decidiu não contar para a mãe sobre o diagnóstico inicialmente, até que Eliete concluísse o seu próprio tratamento.

“O câncer adoeceu nossa família, mas estamos confiantes de que vamos vencê-lo”, afirma.

O que é o câncer de mama?

O câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células, originando um tumor. Apesar de ser mais comum em mulheres, também pode afetar os homens.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem vários tipos de câncer de mama com diferentes velocidades de crescimento, mas, em geral, a maioria apresenta bom prognóstico quando tratados cedo.

Como detectar o câncer de mama?

Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores na região da mama.

Também podem ser notadas alterações na característica da pele ou dos mamilos e secreção espontânea de líquido de um dos mamilos. Autoexames regulares e consultas médicas frequentes são essenciais para a detecção precoce da doença.

O processo de tratamento

Elisabete, assim como sua mãe, enfrentou um tratamento agressivo e passou por uma mastectomia, cirurgia para remoção da mama.

“Ver-me sem a mama foi muito difícil, mas necessário”, desabafa Elisabete. A oncologista Gabrielle Scottolin, da Oncoclínicas Brasília, explica que a mastectomia é a remoção cirúrgica da mama e, em geral, é recomendada para a maioria dos tumores nos seios.

Reiniciando a vida após o câncer

Hoje, Elisabete e Eliete são parte da Associação Recomeçar, uma ONG que apoia pessoas que passam pelo câncer.

Sua jornada as levou a serem convidadas para posar como modelos na exposição “Outubro Rosa: 10 anos da Recomeçar”.

“Agradeço por ter desfeito minha impressão inicial sob o diagnóstico. O câncer veio para abrir meus olhos e me incentivar a ajudar outras mulheres”, conclui Elisabete.