‘Não tenham medo’, apela mãe que pariu sem assistência e em casa

Uma semana depois, a mãe publicou uma nova foto dela e do bebê, e a legenda diz: “apenas uma comparação saudável”

O melhor tipo de parto é aquele que a mulher escolheu pra si, e com qual sente-se confortável. Na hora de dar à luz, só a mulher sabe qual prática será a mais indicada para a chegada de sua filha ou filho.

Nesse caso, Marissa Heckel, norte-americana, decidiu que o nascimento do seu segundo bebê seria em seu próprio lar e sem assistência.

O caso virou notícia quando, no dia 20 de dezembro, Mariah Franson, integrante de um grupo ativista pelo parto natural e doméstico, divulgou uma foto em seu Facebook. Heckel aparece com seu bebê nos braços no banheiro de sua casa. 

Até o momento, foram mais de 28 mil curtidas, 27 mil compartilhamentos e centenas de comentários. Grande parte das reações é de surpresa e respeito pela escolha. Alguns dizem: “Eu gostaria de ter essa coragem”.

Além da imagem, havia o relato da mãe sobre como foram suas 36 horas de trabalho de parto, mesmo tempo de duração do parto de sua primeira filha em um hospital. Ao dividir a experiência, sua intenção é mostrar para outras mulheres que é possível ter um parto autônomo e que “não precisa ter medo”.

“Foram cinco dias desde que pari meu filho sem assistência. Três anos atrás, em setembro, dei luz à minha filha em um hospital livre de drogas. Depois de uma experiência horrível sendo intimidada em meu plano de parto e assediada durante o nascimento, decidi ter meu filho em casa quando descobrir que eu estava grávida”, relatou.

Seu companheiro e pai da criança foi a única ajuda que recebeu durante o processo. Ela disse que o parceiro a apoiou desde o início e esteve com ela o tempo todo, fazendo o que ela pedia e “respeitando seu corpo e sua escolha de ter seu filho em um ambiente livre de estresse”.

Em relação a dor, Heckel  disse ter repetido para si mesma o tempo todo que “a dor era apenas temporária”. “Quando as contrações e a pressão vieram, meu marido estava ao lado da cama segurando minha mão. Era até romântico, embora eu estivesse praticamente rugindo neste momento”, contou.

Mas a cama não foi o melhor lugar para ela. Então, a decisão foi ir até o banheiro.

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“Meu marido estava preocupado que eu estivesse empurrando por muito tempo, então eu tive que acalmá-lo entre as contracções e dizer que eu podia sentir a cabeça do bebê descer. Finalmente, meu marido disse que podia ver sua cabeça. Ele me encorajou a continuar e também expressou preocupação de que nosso filho caísse. Então disse-lhe para me ajudar e que eu faria em pé. Meu marido olhou para mim como se eu fosse louca, mas me ajudou de qualquer maneira. Eu me levantei, segurei o toalheiro e deixei meu corpo fazer um último impulso. Finalmente ele estava fora”.

Segundo Heckel, o companheiro ficou parado em estado de choque tirando fotos. Ela, maravilhada, disse que nunca se sentiu tão poderosa e realizada em toda a sua vida.

“Nossos corpos realmente são incríveis! Se você tem medo ou pensa que não pode fazer o mesmo, você pode! Não tenha medo, nossos corpos foram feitos para isso.”

Ontem, dia 27 de dezembro, a mãe publicou uma nova foto comparando ela e seu filho no dia do nascimento. A legenda diz: “Só uma comparação saudável”.

A história de Marissa Heckel, sem dúvidas, é inspiradora. Não apenas por mostrar a capacidade do nosso corpo e instinto, mas também para reafirmar que o melhor parto é aquele que a mulher escolhe ter.

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