Mais mulheres adotam cirurgia para retirada de mama, como Jolie
Aumentou o número de mulheres, especialmente jovens, que decidem fazer mastectomia preventiva, procedimento realizado em 2013 por Angelina Jolie para evitar o desenvolvimento de câncer de mama. É o que aponta estudo da Sociedade Americana do Câncer divulgado na edição de março da revista JAMA Surgery.
Diferente da atriz que fez retirou as duas mamas antes de desenvolver a doença, as mulheres que participaram da pesquisa já tinham diagnóstico de câncer, por isso, optaram por retirar a outra ainda saudável, procedimento denominado mastectomia profilática contralateral.
Segundo o estudo, a proporção de pacientes de 45 anos ou mais que retiraram a mama sadia subiu de 3,6% em 2004 para 10,4% em 2012. Já entre as de 22 a 44 anos porcentagem subiu de 10,5% para 33,3%.
Os pesquisadores não conseguiram determinar a causa para este aumento, mas acreditam que os principais motivos são o medo de desenvolver a doença, além de conseguir uma simetria melhor ao realizar a cirurgia reconstrutiva.
Saiba mais sobre a mastectomia
O site Minha Vida, parceiro do Catraca Livre, traz matéria com mais esclarecimentos sobre o procedimento e para quem ele realmente é indicado. Os critérios para identificar o risco em uma mulher são:
- História pessoal de câncer de mama: mulheres que já tiveram câncer em uma das mamas podem fazer a cirurgia para reduzir o risco de reincidência.
- História familiar forte: dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama
- um parente de primeiro grau e dois ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com a doença
- dois parentes de primeiro grau com câncer de mama, sendo que um teve a doença antes de 45 anos
- um parente de primeiro grau com câncer de mama bilateral
- um parente de primeiro grau com câncer de mama e um ou mais parentes com câncer de ovário
- um parente de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e dois ou mais com câncer de ovário
- três ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de mama
e dois parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e um ou mais com câncer de ovário - Mutações genéticas: a mulher possui uma mutação no gene BRCA1, BRCA2 e p53, ambos indicativos de alto risco para câncer de mama. Para descobrir essa mutação, é necessário fazer um exame de mapeamento genético, no qual é retirada uma amostra de sangue ou saliva para análise do DNA em laboratório. Os exames genéticos devem ser considerados, principalmente por pacientes onde há uma indicação muito precisa, com forte histórico familiar, como por exemplo as mulheres que tem casos de câncer de mama e de ovário na família e são de ascendência judaica Ashkenazi.
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