Medicamento que retarda Alzheimer é aprovado nos EUA
A Food and Drug Administration aprovou o Kisunla na terça-feira para casos leves ou iniciais de demência
Autoridades de saúde dos EUA deram sinal verde para um segundo medicamento para Alzheimer que pode impedir a progressão da doença em estágios iniciais.
A aprovação do novo medicamento ocorreu após um painel externo de conselheiros da FDA votar unanimemente a favor de seus benefícios em uma reunião pública no mês passado.
O donanemab terá o nome comercializal de Kisunla e custará entre 12 mil dólares (para seis meses de tratamento) a 48 mil dólares (18 meses).
- Confira os espetáculos infantis no ABC Paulista: 12 e 13/07
- Latam lança novas tarifas na categoria Premium; saiba o que muda
- Curitiba recebe maior festival de torresmo do Brasil
- O que uma dose de álcool por dia pode fazer com seu cérebro jovem

Ele foi especialmente formulado pela Eli Lilly para casos leves ou ou estágios iniciais de demência causada pelo Alzheimer.
Este é o segundo medicamento com evidências de que evita a deterioração cognitiva em pacientes.
A aprovação do primeiro medicamento semelhante, Leqembi, criado pela empresa farmacêutica japonesa Eisai ocorreu no ano passado.
O que é o Kisunla?
O kisunla (donanemab) é um anticorpo intravenoso que, em vez de apenas aliviar os sintomas da doença de Alzheimer, ataca uma das causas. Para isso, ele atua removendo os depósitos de uma proteína chamada beta-amiloide do cérebro.
Dessa forma, ela retarda a progressão da perda de memória e o declínio cognitivo em pessoas com alterações em seus cérebros associadas à doença de Alzheimer.
Injeções contra o declínio cognitivo
Os testes mostraram que as injeções de Kisunla reduzem em 61% os depósitos de amiloide, proteína tóxica no cérebro, durante seis meses de tratamento, em 80% aos 12 meses e 84% aos 18 meses.
Uma vez que o amiloide dos pacientes tenha atingido níveis muito baixos, a Eli Lilly espera que eles possam parar o tratamento.
O medicamento também mostrou eficácia em retardar o declínio cognitivo e funcional em até 35% durante 18 meses de tratamento.
Efeitos colaterais
O principal problema de segurança foi o inchaço e sangramento cerebral, um problema comum a todos os medicamentos que atacam placas amiloides.
As taxas no estudo da Lilly – incluindo 20% dos pacientes com microssangramentos – foram ligeiramente maiores do que as relatadas com o concorrente Leqembi.
No entanto, os dois medicamentos passaram por testes em tipos de pacientes diferentes, o que, segundo especialistas, dificulta a comparação da segurança das drogas.