Médico esclarece dúvidas sobre sexo durante e depois da menopausa
Na década atual, a média de vida das mulheres no Brasil alcançará os 75 anos. Considerando que a menopausa começa em torno dos 50 anos, cerca de um terço de suas vidas ocorre após esse período. Para esclarecer dúvidas sobre a vida sexual feminina após a menopausa, o médico ginecologista e obstetra Claudio Basbaum, da Clínica Pró-Matrix, preparou um artigo sobre o tema.
Segundo o médico, apesar da conotação negativa da expressão “menopausa”, a mulher deve estar atenta e lançar mão de todos os recursos para manter o bem estar físico, psíquico e emocional, objetivando a elevação da autoestima e a busca da felicidade. Dentre os aspectos importantes a considerar na fase pré-menopausal e menopausal, está a disfunção sexual, com fatores que impactam negativamente o relacionamento íntimo dos casais, causando tristeza ou depressão e deterioração na qualidade de vida.
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De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a sexualidade segura e prazerosa é um dos indicadores de qualidade de vida de uma população. De fato, estudos demonstram que na faixa etária entre os quarenta e oitenta anos, mais de 50% das mulheres mencionam atrofia vulvo vaginal assim como se queixam de disfunção sexual. Entretanto, segundo Basbaum, é possível ter uma vida sexual ativa e prazerosa por longos anos após a menopausa.
Para isso, o primeiro passo é identificar quais os reais fatores que estão interferindo negativamente na performance do casal e isto envolve uma atenta escuta, tanto da mulher quanto do parceiro sexual. É preciso lembrar também que certas doenças crônicas, como hipertensão, diabete, doenças osteo-articulares, conflitos situacionais, parceiro doente ou não motivante, assim como o uso de certos medicamentos (antidepressivos), podem causar o bloqueio do desejo sexual.
Confira 10 dicas para a boa qualidade da vida sexual da mulher menopausada:
1. Estar atenta e lançar mão de todos os recursos para manter o bem estar físico, psíquico e emocional;
2. Conhecer e reconhecer os múltiplos fatores (físicos, emocionais, religiosos, culturais) que possam estar envolvidos, com evidente impacto negativo sobre a sua vida sexual;
3. Conhecer bem o seu corpo e descobrir nele os pontos que dão prazer ou desprazer;
4. Buscar orientação terapêutica especializada (ginecologista, psicólogo, sexólogo), adequada às suas necessidades, pois a mulher, sobretudo na pós menopausa, necessita ser esclarecida e cuidada para corresponder ao ato sexual de forma compatível e completa;
5. Não focar exclusivamente, de forma simplista, nos fatores físicos meramente locais;
6. Buscar um clima propício e íntimo para dar ares à criação dos desejos, fantasias e receptividade a uma atividade sexual lúdica, sensual, divertida e renovável;
7. Sensibilizar o parceiro a usar estímulos e todos os recursos que possam “esquentar o clima”; trocar ideias, compartilhar, provocar;
8. O acompanhamento médico é importante para detectar e eliminar as possíveis causas físicas ou medicamentosas. O controle ginecológico periódico é fundamental;
9. Durante as preliminares e no momento do ato, deixe-se conduzir pela imaginação e pelos seus devaneios;
10. Nada está perdido: É possível SIM ter uma vida sexual ativa e prazerosa, por longos anos, após a menopausa.