‘Melhor perder a vida do que a liberdade’, diz ministro Queiroga
O pronunciamento feito pelo ministro da Saúde foge da recomendação da Anvisa em exigir o 'passaporte da vacina' para turistas que entrem no país
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga anunciou nesta terça-feira, 7, que o governo vai exigir quarentena de cinco dias para viajantes que não tomaram a vacina. No entanto, ignorou a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a vacinação completa (ou o passaporte da vacina) também seja exigida.
De acordo com o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, “não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas para a partir daí impor restrições”.
Ainda no mesmo anúncio, o ministro ainda parafraseou o presidente Jair Bolsonaro e disse: “Às vezes é melhor perder a vida do que perder a liberdade”.
“Esse enfrentamento da pandemia não diz respeito a apenas um chamado passaporte, que mais discorde do que consenso cria. É necessário defender as liberdades individuais, respeitar os direitos dos brasileiros acessarem livremente as políticas públicas de saúde”, disse Queiroga.
“Ultimamente o mundo ficou muito preocupado com a nova variante do vírus (Ômicron). E essas variantes podem acontecer em qualquer lugar. Os países que identificam essas variantes não podem ser punidos com restrição a seus cidadãos, até porque essas variantes já estão em várias outras partes e é difícil dizer que são oriundas desses países onde foram identificadas”, afirmou.