Menina de 14 anos faz descoberta que pode levar à cura da covid-19
Anika Chebrolu usou simulações de computador para rastrear quais moléculas seriam capazes de se ligar à proteína spike do novo coronavírus
Uma americana de 14 anos fez uma descoberta que pode contribuir para o desenvolvimento de uma cura para a covid-19. Com ajuda de um computador, Anika Chebrolu fez uma abordagem chamada “método in-silico” para encontrar uma molécula que pode se grudar à proteína do novo coronavírus, impedindo infecção de acontecer.
A descoberta rendeu a Anika o primeiro lugar no Young Scientist Challenge , um concurso de ciências voltado para estudantes americanos do ensino médio.
Além do reconhecimento pela pesquisa, a estudante recebeu um prêmio de U$ 25 mil (cerca de R$ 140 mil).
- Estudo aponta 2 doenças que podem levar à demência; saiba como evitar
- Comer doces pode levar à depressão, alerta estudo
- O que leva uma pessoa a ter lúpus? Estudo revela possível causa
- Ciência sugere que esta bebida pode proteger contra Alzheimer
“Nos últimos dois dias, eu percebi que houve uma comoção da mídia ao redor do meu projeto, principalmente porque envolve o vírus SARS-CoV-2 e reflete nossas esperanças coletivas de acabar com essa pandemia, e eu, como todas as pessoas, gostaria de voltar à vida normal logo”, disse Anika à CNN.
A jovem contou que o objetivo inicial era usar as simulações em computadores para identificar um componente que pudesse se conectar a proteínas do vírus influenza (que causa a gripe comum).
O interesse de Anika pela cura do vírus veio no final de 2019, quando ela própria foi vítima da gripe comum, segundo contou no seu perfil do site da competição: “Sempre me surpreendi com os experimentos científicos desde minha infância e fui atraída para encontrar curas eficazes para a doença da gripe após um ataque severo da infecção no ano passado”.
Desde então, a jovem começou a pesquisar sobre pandemias, vírus e medicamentos, de forma que ficou muito surpresa quando de repente os cenários que estava estudando tornaram-se sua realidade. Depois dessa mudança, a estudante, juntamente a seu mentor, o doutor Mahfuza Ali, passaram a focar especificamente no Sars-CoV-2.
A jovem usou simulações de computador para rastrear, entre milhões de moléculas, quais seriam capazes de se ligar à proteína spike do novo coronavírus. É essa espícula que o Sars-CoV-2 utiliza para entrar nas células humanas. Ou seja, bloqueá-la impede que o microrganismo infecte as células.