Menino de 2 anos morre após contato com ameba comedora de cérebro
A doença rara e fatal que custou a vida de um garoto de 2 anos nos EUA
No último dia 18 de julho, uma tragédia chocou a pequena cidade de Woodrow, no sul dos Estados Unidos. Um menino de apenas 2 anos de idade, chamado Woodrow Turner Bundy, veio a óbito devido a uma infecção rara causada por uma ameba comedora de cérebro.
Ameba comedora de cérebro
De acordo com informações fornecidas por seus familiares, o pequeno Woodrow contraiu o patógeno enquanto nadava com a família em um rio.
Esse terrível parasita, conhecido cientificamente como Naegleria fowleri, tem uma taxa alarmante de mortalidade, afetando 97% dos infectados.
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Como age a ameba comedora de cérebro?
A Naegleria fowleri entra no corpo humano através do nariz, causando o desenvolvimento de uma rara doença chamada meningoencefalite amebiana primária (MAP), uma inflamação cerebral de rápido progresso que provoca dores, rigidez na nuca, vômitos e raramente permite a sobrevivência do paciente.
Onde a ameba ocorre?
O protozoário é encontrado em águas mornas e pode até se proliferar em aquecedores de água. É importante ressaltar que essa ameba sobrevive em temperaturas entre 40 ºC e 46 ºC, mas é incapaz de viver em água salgada. A infecção é extremamente rara; até 2006, registrou-se apenas 200 casos no mundo.
Quais são os sintomas e o tratamento?
Conforme relatado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a infecção pela ameba geralmente apresenta os primeiros sintomas cerca de cinco dias após o contato. Mudanças no olfato e no paladar são comuns, seguidas por sintomas de meningite, como rigidez no pescoço, sensibilidade à luz, confusão mental e enjoo.
Apesar da gravidade, os primeiros sintomas podem ser confundidos com outras doenças, como aconteceu no caso do pequeno Woodrow, cuja família inicialmente pensou que ele estava com um resfriado.
O tratamento para a infecção pela Naegleria fowleri é extremamente complexo, exigindo uma combinação de medicamentos antifúngicos e antibióticos potentes, os mesmos usados para combater a Leishmaniose. No entanto, a grande maioria dos pacientes não chega a se beneficiar dos medicamentos devido à rápida progressão da doença.