Modelo com câncer desabafa sobre a dificuldade de achar trabalho
Os tratamentos para o câncer não só interferem na disposição física dos pacientes. Em seu Instagram, a modelo Gislene Charaba mostra como sua vida profissional foi prejudicada depois da descoberta da doença.
Com 15 anos ela começou a trabalhar como modelo, mas com 22 passou a se sustentar da profissão. Depois de participar do concurso de Miss Brasil, representando o Acre, sua carreira decolou. Conhecida como Gi Charaba, estrelou catálogos de grifes famosas, clipes e foi dublê da Ivete Sangalo.
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Aos 30 anos, no entanto, sua vida se transformou completamente. Gislene foi diagnosticada com câncer de mama, então teve que parar de trabalhar para cuidar de sua saúde. No início, o tumor media 7cm e já tinha sido constatada uma metástase óssea.
Mesmo com uma melhora em seu quadro, ela ainda sofre com as reações do tratamento – o que não tira sua determinação e garra para continuar sua vida profissional. Por causa da doença, ela perdeu 80% dos trabalhos, o que fez sua renda cair bruscamente.
A modelo não conseguiu o auxílio doença que os portadores de câncer têm direito, por isso, se sustenta com a ajuda de doações e com suas economias.
“O que vende é saúde, corpo sarado, bronzeado. Mesmo sem aparentar muito, a doença está em mim, mas eu quero trabalhar. Posso fotografar, desfilar. Tenho um caminho longo de tratamento pela frente e se eu não conseguir me manter em São Paulo, não conseguirei terminar o tratamento. Ainda tem a cirurgia e radioterapia. Vou ser tratada por pelo menos mais cinco anos. Não sei se vou poder engravidar… Não quero ser coitadinha. Eu pego ônibus, metrô, o que der para fazer”, relata ela.
Para divulgar seu trabalho e sua luta contra a doença, Gislene faz publicações em sua rede social e pretende alcançar o maior número de seguidores possível. “Eu preciso ser grande. Ter seguidores. Entendo o lado dos clientes e quando vem um não, falo ok. Mas não desisto. Quero ajudar as pessoas e ser ajudada. Quero que as pessoas se conscientizem e não falem do câncer de mama só em outubro”, explica.