Mulher com dois úteros dá à luz gêmeos com tons de pele diferentes

Cada uma das crianças se desenvolveu em um útero diferente; entenda a condição rara

A jovem inglesa Jade Buckingham, de 25 anos, temia que nunca fosse ser mãe por conta de uma anomalia congênita rara: útero didelfo, em que a mulher possui dois úteros.

Mas a jovem, de Nottinghamshire, na Inglaterra, conseguiu realizar o sonho e deu à luz gêmeos. Mas para surpresa de Jade, as bebês nasceram com tons de pele “totalmente diferentes”;

As gêmeas Lanaé e Lavell se desenvolveu em úteros separados
Créditos: Arquivo pessoal
As gêmeas Lanaé e Lavell se desenvolveu em úteros separados

Lanaé e Lavell, que se formaram a partir de dois óvulos separados, cresceram independentemente no útero da jovem e tiveram seus próprios cordões umbilicais e bolsas amnióticas.

Em fevereiro de 2014, quando Jade tinha 17 anos, ela sofreu quatro abortos espontâneos que exigiram que ela passasse por um procedimento de dilatação e curetagem para limpar o revestimento uterino. Foi aí que os médicos descobriram que ela tinha útero didelfo, uma malformação rara, que acomete uma a cada 3 mil mulheres: Jade tinha dois canais vaginais e dois úteros.

Os médicos do Hospital Universitário de Nottingham, em Nottinghamshire, disseram que a condição pode ter contribuído para os abortos espontâneos que Jade havia sofrido e disseram a ela que talvez não pudesse ter filhos.

As irmãs Lanaé (à esq.) e Lavell Buckingham
Créditos: Reprodução/Daily Mail
As irmãs Lanaé (à esq.) e Lavell Buckingham

“Fiquei perturbada porque sempre quis ser mãe. Minha própria mãe disse que seria minha substituta se eu precisasse, o que foi um gesto adorável, mas eu queria experimentar a gravidez”, contou Jade ao Daily Mail.

“Quando engravidei das gêmeas, eu estava na lua, mas era assustador que ambos estivessem em úteros diferentes. Quando eram recém-nascidos, elas pareciam semelhantes, mas depois de alguns meses o tom de pele começou a mudar.

Útero didelfo

Em geral, uma mulher com útero didelfo não tem mais dificuldades para engravidar do que uma mulher com útero com o formato típico. No entanto, o desafio é manter a gestação até o final, já que o tamanho dos úteros costuma ser bem menor. Isso pode restringir o crescimento do bebê e fazer com nasça mais cedo, ocasionando abortos espontâneos, como o que aconteceu com a britânica.

Além disso, outros sintomas podem ser dor durante as relações sexuais e sangramentos intensos no período menstrual.