Mulher tem filha com sêmen coletado do marido que já tinha morrido
A história de uma australiana que engravidou com sêmen coletado após a morte do marido; entenda como esse procedimento funciona
Mais de um ano após a morte do marido, Ellidy Pullin deu à luz a uma filha concebida por fertilização in vitro com o esperma coletado do parceiro que já tinha falecido.
O caso, que ocorreu na Austrália, gerou repercussão por levantar questões sobre o uso de sêmen coletado após a morte.

Coleta do esperma após a morte
O marido de Ellidy, Alex “Chumpy” Pullin, morreu em julho de 2020, aos 32 anos, enquanto praticava pesca submarina na costa leste da Austrália.
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Ele era atleta de snowboard e havia representado o país nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014. O casal tentava engravidar havia meses, sem sucesso.
Poucas horas após a morte de Pullin, uma amiga de Ellidy, que sabia das tentativas do casal de ter um filho, a alertou sobre a possibilidade de coleta post-mortem do esperma.
A família teve pouco tempo para tomar uma decisão e buscar assistência médica e jurídica. A extração foi realizada por um médico 36 horas depois do falecimento.
“Para ser sincera, quando soubemos que o esperma estava na geladeira, não pensamos mais no assunto por muito tempo. Mal conseguíamos superar o fato de que estávamos sentados, e que Chumpy não estava conosco“, contou Ellidy, em entrevista ao programa Outlook, da BBC internacional.
Nascimento da filha
Quinze meses após a morte de Pullin, então, Ellidy anunciou a gravidez em suas redes sociais. “Seu pai e eu sonhamos com você por anos. Com uma reviravolta de cortar o coração, estou honrada em finalmente dar as boas-vindas a um pedaço do Chumpy de volta a este mundo“, escreveu.
Em outubro de 2021, nasceu Minnie Alex Pullin. Na mesma entrevista ao programa, Ellidy relatou que sente falta do marido diariamente, mas que a chegada da filha trouxe um novo significado para sua vida.
“A vida se desenvolve e cresce em torno da dor. Estou muito ocupada com a Minnie, com o trabalho. Penso nele todos os dias”, afirmou.
Esse procedimento pode ser feito no Brasil?
A chamada coleta de esperma post-mortem precisa ser feita poucas horas após a morte para garantir a viabilidade do material biológico.
No Brasil, esse tipo de procedimento não é permitido. O Conselho Federal de Medicina (CFM) regula apenas a reprodução assistida post-mortem para casos em que o material biológico tenha sido previamente congelado e haja autorização expressa do falecido.
Se não houver os documentos assinados em vida, os conselhos médicos podem negar o pedido. Esse método é mais comum em casos de doenças graves, permitindo o uso do material mesmo no caso de falecimento de um dos envolvidos.