Mulheres podem apresentar sintomas bastante incomuns quando vão ter um AVC
O tratamento depende do tipo e do estágio da doença
Os sintomas mais conhecidos de um AVC (acidente vascular cerebral) incluem fraqueza em um dos braços, dificuldade para falar e queda de parte do rosto. No entanto, especialistas alertam que esses sinais nem sempre se manifestam da mesma forma em mulheres.
As mulheres podem apresentar sintomas diferentes e mais sutis durante um derrame. Embora os homens apresentem um risco ligeiramente maior de sofrer um AVC, a incidência entre mulheres tem aumentado, especialmente com o passar dos anos.
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Esse aumento pode ser atribuído, em parte, às mudanças no estilo de vida, já que as mulheres estão mais ativas no mercado de trabalho e lidam com níveis elevados de estresse. Além disso, fatores hormonais, como as variações no ciclo menstrual e a menopausa, também podem contribuir para o aumento do risco de AVC nas mulheres.
Por isso, é fundamental estar atento aos sete sinais sutis de AVC nas mulheres, para identificar precocemente o problema.
Sinais incomuns de AVC em mulheres
Entre os sintomas menos comuns do derrame cerebral nas mulheres, destacam-se:
Dor de cabeça intensa
Fraqueza generalizada
Fadiga
Falta de ar e dores no peito
Náusea e vômito
Confusão mental
Soluços
Quando procurar ajuda?
Uma pesquisa de 2019 sugere que soluços podem ser um sintoma de AVC em mulheres, indicando lesão em áreas cerebrais como a medula oblonga, que regula a respiração, e o córtex supratentorial, envolvido no controle dos movimentos.
Entretanto, não é necessário entrar em pânico se soluços aparecerem de forma isolada. A preocupação deve surgir se eles estiverem acompanhados de outros sintomas, como fraqueza extrema, náuseas ou dores no peito, ou se forem tão persistentes que dificultem o dia a dia, como quando causam dor de garganta.
Fatores de risco específicos para mulheres
Os cientistas acreditam que as diferenças hormonais desempenham um papel importante no risco de AVC entre homens e mulheres. O estrogênio, hormônio feminino, tem efeitos anti-inflamatórios que podem proteger o cérebro de lesões, além de aumentar o fluxo sanguíneo na artéria carótida interna, que leva sangue ao cérebro.
Contudo, o uso de estrogênio sintético, seja por meio de anticoncepcionais ou da terapia de reposição hormonal, pode aumentar o risco de AVC, ainda que esse risco seja considerado baixo. Estudos mostram que cerca de 8,5 em cada 100.000 mulheres podem ter um AVC devido ao uso de anticoncepcionais, conforme uma pesquisa de 2003.
Com o envelhecimento, as mulheres produzem menos estrogênio, o que eleva o risco de derrames. A Associação Americana de Derrame indica que as mulheres tendem a sofrer AVCs mais tarde do que os homens, sendo que quase metade dos casos (45%) em mulheres ocorrem após os 80 anos.