Novo estudo aponta novas evidências sobre a causa do Alzheimer

Conheça a nova esperança no tratamento desta doença neurodegenerativ

Em uma descoberta surpreendente, pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, divulgaram um novo estudo que fornece evidências sobre a causa do Alzheimer.

O estudo, publicado na revista Molecular Neurodegeneration, argumenta que a quebra das conexões entre os neurônios pode ser a raiz dos sintomas observados na doença.

Novo estudo aponta novas evidências sobre a causa do Alzheimer
Créditos: iSTock
Novo estudo aponta novas evidências sobre a causa do Alzheimer

Novo estudo aponta novas evidências sobre a causa do Alzheimer

Esta pesquisa pode pavimentar o caminho para o desenvolvimento de novos métodos de tratamentos do Alzheimer, a forma mais comum de demência neurodegenerativa em idosos.

Geralmente, a doença é caracterizada por um comprometimento significativo da função cognitiva e memória dos pacientes, resultando em perdas substanciais na capacidade de realizar tarefas diárias simples.

Como foi conduzida a pesquisa sobre o Alzheimer?

O estudo foi conduzido usando camundongos geneticamente modificados. Os cientistas manipularam o processo natural de edição de RNA, um procedimento pelo qual as células alteram a função das proteínas.

Ao fazer isso, eles conseguiram impedir a quebra das sinapses – ou conexões – entre os neurônios. Extraordinariamente, isso resultou na restauração da memória dos animais, mesmo sem a remoção dos aglomerados de proteínas relacionados à doença de Alzheimer.

O que a edição do RNA significa para o tratamento do Alzheimer?

“A edição de RNA funcionou para restaurar as conexões das células nervosas sem a necessidade de remover qualquer amilóide dos cérebros dos animais.

Isso, por sua vez, resgatou a memória, oferecendo um novo caminho para a compreensão e tratamento da doença”, explica o neurocientista Bryce Vissel, um dos autores do estudo.

Qual é a implicação desse estudo?

O RNA, entendido como uma espécie de molécula mensageira que transmite instruções do DNA para controlar a síntese de proteínas, pode sofrer alterações pós-produção, afetando sua operação.

Os pesquisadores descobriram um lugar especial no cérebro que altera o GluA2, uma proteína que ajuda na comunicação entre os neurônios.

Nos pacientes com Alzheimer, essa edição é menos frequente, o que levou os cientistas a acreditar que essa falha na edição está associada à doença neurodegenerativa.

O que isso significa para o futuro do tratamento do Alzheimer?

Ao modificar o padrão de edição neste local específico no cérebro em camundongos com Alzheimer, os sintomas da doença foram reduzidos.

Isso sugere que a edição de RNA pode funcionar como um “interruptor molecular”, proporcionando uma maneira potencialmente inovadora de tratar a doença no futuro.